Seguro de entretenimento perde força por conta de crise e gripe suína
Enquanto alguns segmentos do mercado segurador vão de vento em popa, a área de entretenimento está sentindo os efeitos da crise financeira mundial e da gripe suína. O setor, que registrava crescimento entre 15% e 20% todos os anos, deve registrar uma estabilidade em 2009. Especialistas explicam que a crise fez com que algumas empresas adiassem os projetos de patrocínio para a indústria cinematográfica. E a gripe suína fez com que alguns eventos fossem cancelados.
“Com a crise, o patrocínio foi um dos primeiros a serem cortados. Em contrapartida, observamos um crescimento no mercado de publicidade [comerciais] e no de outros eventos, como feiras e congressos, o que acabou equilibrando a carteira”, disse Juliana dos Santos, responsável pela carteira de entretenimento da Chubb.
Dulce Thompson, diretora de eventos e entretenimento da corretora Aon, destacou outra questão. “Há uma dificuldade grande de captação de recursos. Não existe número suficiente de salas que garanta o retorno esperado ao investidor”, disse.
Ela contou que devem chegar ao Brasil alguns projetos grandes neste segmento, embora não tenha adiantado o assunto. “Esses projetos devem entrar no circuito entre um ano e meio e dois anos.”
Juliana, da Chubb, contou que no primeiro semestre deste ano a seguradora fechou duas apólices de longa-metragem -um nacional e um internacional-, com orçamento de R$ 10 milhões e R$ 7 milhões. “Creio que entre o final deste ano e começo de 2010 o cenário do mercado de seguro cinematográfico já retorne à normalidade”, ressaltou.
Ao final deste semestre, o total de prêmios (em entretenimento) da Chubb avançou 49% se comparado ao registrado em igual período do ano passado. Até então pioneira em seguro de entretenimento no mercado brasileiro, a Chubb deve enfrentar alguns concorrentes interessados em operar neste mercado. “Saímos na frente pelo pioneirismo, pelos custos competitivos e pelo pessoal especializado.”
Gripe suína
Não foi só a crise que atrapalhou a evolução da carteira de entretenimento. A gripe suína fez com que algumas produtoras adiassem eventos que concentram um grande número de pessoas. “2009 não está sendo um bom ano para a indústria de entretenimento”, disse Dulce.
Fonte: DCI OnLine