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Seguradoras vêem alta demanda por seguros a executivos

O avanço do mercado de capitais brasileiro e, com isso, a maior necessidade de práticas de governança corporativa, têm contribuído para ampliar a demanda pelos seguros D&O (responsabilidade civil de dirigentes), destinados à proteção de executivos contra ações judiciais impetradas por consumidores, acionistas e fornecedores. A Chubb ampliou em 15% o número de apólices no último ano e projeta continuidade do avanço em 2008. A SulAmérica também tem expectativas positivas para o produto.
A seguradora Chubb encerrou 2007 com 450 apólices de D&O, aumento de 15% em relação ao ano anterior. A empresa não faz estimativas de crescimento para 2008, mas é otimista. “Começamos a oferecer o produto nos anos 1990. Desde então, a demanda subiu bastante”, afirma Leandro Martinez, executivo da área de D&O da seguradora. A apólice paga prejuízos financeiros resultantes de sentença judicial, custos de defesa, além de honorários dos advogados.
Segundo o executivo, mesmo com a alta procura, os prêmios dos seguros de D&O tem caído no último ano após a abertura promovida pelo IRB Brasil-Re, antigo Instituto Brasileiro de Resseguros. “Em julho de 2006, o IRB autorizou que cada uma das seguradoras que operassem D&O utilizasse a sua própria capacidade de resseguro. Gerou competitividade porque cada uma passou a utilizar um critério de subscrição”.
Há, no entanto, a chance de os prêmios voltarem a subir nos próximos meses por conta do maior risco às empresas causado pela crise de liquidez internacional, iniciada nos Estados Unidos. “Já existem ações contra executivos envolvidos na crise, o que, após a abertura do mercado brasileiro, pode ter efeito nos prêmios do resseguro e conseqüentemente nos prêmios do D&O, já que grande parte é ressegurado.”
Em média, o prêmio varia hoje de 0,3% ao ano a 3% ao ano. Chiara Passos, diretora da área de D&O da SulAmerica, afirma que, com a evolução da legislação brasileira, toda companhia precisa de algum seguro D&O. “Na década passada houve vários problemas de fraude contábil nos EUA. Esses executivos foram responsabilizados criminalmente e muitos deles pagaram do próprio bolso. No Brasil, que é um mercado emergente, é uma cobertura que no futuro toda empresa vai ter”.

Fonte: DCI OnLine

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