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Seguradoras passam ao largo da crise

O mercado de seguros brasileiro passou incólume pela crise e pelos estragos provocados em vários setores econômicos nos últimos dois meses de 2008, segundo estatísticas da Superintendência de Seguros Privados (Susep), que não inclui os dados do ramo saúde.
Em dezembro, as vendas recuperaram o fôlego perdido em novembro, quando houve queda de 2,1%, e subiram 18,7% ante novembro e 12,5% frente a dezembro de 2007.
No último bimestre, o crescimento foi de 5,5% sobre novembro e dezembro do exercício passado, o que possibilitou que a receita, da ordem de R$ 67,258 bilhões, fechasse o ano de 2008 com expansão expressiva de 15,1% sobre 2007.
Os planos de vida geradores de benefício livre (VGBLs) foram o grande destaque de 2008, apesar de o ritmo de crescimento ter diminuído no final do ano. As vendas, que até outubro vinham subindo perto de 20%, avançaram em dezembro 10,5% e fecharam o ano com incremento de 15,4%. O produto, que captou R$ 23,300 bilhões, respondeu por 34,6% de todas as vendas de seguros fechadas em 2008.
O seguro de automóvel, ao lado da cobertura de responsabilidade civil facultativa, também passou ao largo da crise, que derrubou as vendas de carros no final do ano.
Apesar disso, o seguro faturou R$ 2,532 bilhões no último bimestre de 2008, 9,5% a mais do que em novembro e dezembro de 2007. No ano, o incremento foi de 12,2%, com a receita atingindo R$ 14,948 bilhões, 22,2% de total do faturamento do mercado. Ainda na carteira de veículos, outro destaque foi o desempenho do seguro obrigatório de danos pessoais (Dpvat), que cresceu 26,8%, para R$ 4,719 bilhões.
EM ALTA.
A crise também não chegou a afetar o segmento de seguros de pessoas, cuja receita chegou a R$ 11,964 bilhões em 2008, alta de 13,1% sobre 2007. Nos seguros de vida, individuais e em grupo, as seguradoras faturaram R$ 7,081 bilhões, 11,4% acima do contabilizado no exercício anterior. O desempenho bem melhor foi observado nos seguros de acidentes pessoais, individuais e coletivos, que cresceram 26,2%, para R$ 2,175 bilhões.
Nos seguros patrimoniais, as seguradoras também não têm queixas, já que a carteira aumentou 12,1%, com receita na casa de R$ 6,199 bilhões em 2008. Entre os ramos ligados a áreas produtivas, o pacote empresarial cresceu 9%, para R$ 1,191 bilhão, enquanto os riscos de engenharia, com receita de R$ 383,5 milhões, subiram nada menos que 27,4% e os seguros de riscos operacionais, 12%, para R$ 1,043 bilhão. No segmento pessoal, os pacotes residenciais cresceram 12,5% (R$ 916,2 milhões) e o seguro de garantia de bens,que vigora depois de vencida a garantia de fábrica, cresceu 21,6%, com prêmios de R$ 1,437 bilhão.
Outro desempenho animador foi verificado nos seguros de transporte nacional e internacional, incluindo a cobertura de responsabilidade civil do transportador de carga (rodoviário). Com faturamento de R$ 1,528 bilhão, as vendas dos produtos desse segmento evoluíram 16,9%. Nos riscos financeiros, a alta foi ainda mais acentuada, de nada menos que 43%, com vendas de R$ 494,8 milhões.

Fonte: Jornal do Commercio

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