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Seguradoras investem mais nas pequenas companhias

Os números de pequenas e médias empresas, assim como a necessidade de produtos específicos para esse mercado, aumentou a atração das seguradoras para um mercado com cerca de 7,6 milhões de micro e pequenas empresas no Brasil, segundo dados do Sebrae, e responsável por 25% de todo o PIB brasileiro. O professor da Escola Nacional de Seguros, Sidney Leone, comenta que assim como as grandes, as pequenas e médias empresas também são suscetíveis a riscos, portanto, um mercado em potencial.Atentas a essa demanda, as seguradoras realizam pesquisas para verificar qual o melhor produto para às micro empresas. O diretor comercial de Corporate da MetLife, Gustavo Toledo, disse que esse é um segmento diferente das grandes empresas e por isso exige processos mais simplificados, com produtos que atendam à real necessidade. Segundo o professor Newton Conde da Fundação Instituto de Pesquisas Contábeis, Atuariais e Financeiras (Fipecafi), os produtos que têm maior aderência por esses empreendimentos ainda são os chamados ramos elementares (danos) e de pessoas (vida).Antes mesmo de entrar no segmento de pequenas e médias empresas, a Metlife realiza, desde 2007, uma pesquisa para entender qual o seguro considerado mais importante para os funcionários. A terceira edição desse estudo, realizado em 2013 no Brasil, mostra que 78% dos entrevistados adquirem seguro saúde e 63% o dental. Para as pequenas e médias empresas, a seguradora focou em dois produtos de vida (Vida PME Fácil,Vida PME Flex ) e um dental(Dental PME Mais) . A carteira representa 20% do que é vendido pela companhia e teve um crescimento de 49% em 2013, ultrapassando 1,2 milhão de vidas. “Em 3 anos esperamos crescer no segmento de pequenas e medias empresas entre 30 a 45%”, afirma Gustavo Toledo.A Tokio Marine lançou recentemente também um seguro para clínicas, consultórios médicos e odontológicos, com previsão de novos produtos para o segmento até o fim do ano. “Uma pesquisa que realizamos com corretores e clientes apontou que só 30% das pequenas empresas têm seguro empresarial, portanto esse é um segmento que podemos investir e ter sucesso”, disse o diretor executivo Técnico Corporate, Felipe Smith. O produto oferecido pela Tokio Marine para imóveis acima de R$ 500 mil, com assistência 24 horas, orientação jurídica para reclamações de clientes em casos de erros de serviços prestados, despesa hospitalares para funcionários se ocorrer acidentes, e cobertura de equipamentos portáteis de uso profissional.Voltada a esse segmento empresarial, a Yasuda Seguros apresentou em abril um produto com possibilidade de atender mais de 340 mil salões de beleza, que cobre danos aos clientes do salão se virtude de ocorrências com tesoura, máquina para corte de cabelo ou navalha ou ainda queimaduras pelo uso de secador ou chapinha e de tratamento químico. Além disso, a cobertura se estende recuperação dos danos ao cabelo, pagando o custo de tratamento para o cabelo ou couro cabeludo que são reembolsados. O diretor técnico da Yasuda Seguros, Leandro Poli, afirma que esse nicho de mercado está em grande expansão. ” Em 2012 o setor de higiene pessoal, perfumaria e cosméticos atingiram um faturamento de R$ 34 bilhões”. O lançamento do seguro para salões de beleza veio apenas incrementar a carteira que o grupo possui para pequenas e médias empresas, que se encaixa dentro de seguros empresariais e emitiu R$ 584,9 milhões em 2013 . “Nesse ano pretendemos crescer mais 20% em seguros empresariais, aos quais os produtos de pequenas e médias empresas têm bastante peso”, disse Poli.Para investir nesse mercado, a Yasuda Seguros considerou a expansão ao longo dos anos das pequenas e medias empresas. “Hoje temos seguros para escritórios e consultórios, bares e restaurantes, hotéis e pousadas, concessionárias, padarias, indústrias de metal e indústrias de calçados. Entre os 15 seguros empresariais mais vendidos, cinco são para os pequenos empreendedores”, finaliza o diretor da Yasuda.A estratégia para pequenas empresas parece ser mesmo um bom negócio. A Bradesco Seguros divulgou recentemente que no primeiro trimestre desse ano, os prêmios apurados com planos de saúde voltados para pequenas companhias cresceu 38%.O professor Sidney Leone reforça que o mercado de seguros agora precisa investir em mais profissionais para atender essa demanda.

Fonte: DCI OnLine

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