Securitário: reajuste de salários e benefícios supera inflação
O bom desempenho do mercado segurador refletiu-se diretamente nas negociações salariais encerradas em janeiro, mês do dissídio dos securitários. Além de ganhos reais nos salários, os benefícios indiretos dos trabalhadores da categoria também tiveram reajustes acima da inflação, proporcionando mais proteção, conforto financeiro, e tranquilidade para o exercício profissional. Dessa forma, o setor, com a combinação de ganhos reais aos rendimentos e gama de benefícios indiretos, conhecidos no meio empresarial como “fringe benefits”, busca fidelizar sua mão de obra. Pelo dado mais recente, envolvendo o contingente de empresas que respondem por 75% da receita do setor, representava mais de 24 mil trabalhadores em 2011.
Neste ano, os pisos salariais dos trabalhadores de apoio foram elevados 8%. Para trabalhadores de portaria, limpeza, vigias, contínuos e assemelhados subiu para R$ 827,28,; no caso de empregados de call center e teleatendimento, o salário base passa a ser de R$ 1.018,44; e para técnicos de seguros, é de R$ 1.271,61. No caso dos securitários, os reajustes salariais variam conforme o provento. A correção aprovada foi de 6,50% para rendimentos acima de R$ 4.000,01 ou adição de R$ 288,00 (o que for maior); e de 7,20% para contracheques de até R$ 4 mil, além de correção de 8% para os pisos salariais. Todas as faixas de correção salarial superam a inflação oficial medida pelo IPCA de 2012, que foi de 5,84%, e beneficiam, sobretudo, os trabalhadores de salários menores. A Participação nos Lucros ou Resultados (PLR) será equivalente a 40% dos salários, mais R$ 2.080,00 limitado ao teto de R$ 7.625,0, podendo o pagamento ser feito em duas parcelas. Com a correção de 7,5%, o seguro de vida dos trabalhadores do setor oscila agora de R$ 29.113,76, por morte natural ou invalidez permanente, a R$ 58.227,52 por morte acidental.
Outro destaque são os benefícios indiretos. Além dos reajustes no auxílio refeição (valor de face de R$20,75 por dia) e no auxílio cesta de alimentação (agora de R$ 356,90), foi acertada a concessão, em caráter excepcional, pelas empresas de uma 13ª Cesta de Alimentação, também no valor de R$ 356,90. O reajuste aplicado foi de 7,5%, também superior à inflação pelo IPCA.
Os ganhos salariais e os benefícios já estão incluídos nos contracheques de janeiro e, o mais tardar, vão constar do pagamento de fevereiro. O mercado segurador concordou ainda em pagar, a título de requalificação de trabalhadores demitidos, o equivalente a R$ 453,65 em cursos para ex-empregados.
Os auxílios creche e o babá tiveram também os valores reajustados, variando conforme o caso. O reembolso varia de R$ 248,65 a R$ 539,35, de acordo com as faixas etárias, que vão de o a 6 anos.
Outra inovação que chama a atenção é o reconhecimento das relações homoafetivas estáveis, ao conceder os mesmo benefícios das relações heterossexuais aos cônjuges dos empregados no setor, de acordo com requisitos observados pela Previdência Social.
Fonte: CNSEG
