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Saúde suplementar perdeu 1,3 milhão de beneficiários até março

A saúde suplementar perdeu mais de 1,3 milhão de beneficiários no primeiro trimestre deste ano. A revelação foi feita pela presidente da FenaSaúde, Solange Beatriz Palheiro Mendes, ao ser homenageada pelo Clube de Vida em Grupo do Rio de Janeiro (CVG-RJ), nesta terça-feira (17/05). Segundo ela, desse total, aproximadamente 887 mil pessoas (68%) estavam em planos coletivos empresariais. “A queda da oferta do emprego formal tem relação direta com essa perda”, afirmou Solange Beatriz.

Ela acrescentou ainda que há profunda preocupação com o futuro do setor, pois além do aumento acelerado dos custos, também vem caindo o número de jovens beneficiários e aumentando o percentual correspondente aos mais velhos.

Nos últimos anos, a FenaSaúde vem constatando uma redução de todas as faixas até os 34 anos e o crescimento das que englobam pessoas com mais de 55 anos. Na faixa de beneficiários com mais de 80 anos, o crescimento já chega a 5%.

Como o segmento conta com os valores pagos pelos jovens para “subsidiar” quem já está ingressando na terceira idade, a situação se agrava ainda mais. “Nos últimos 15 anos, a relação entre jovens e idosos caiu de 3 para 2. É um problema sério”, frisou.

Outro gargalo que a saúde suplementar enfrente é o uso desmesurado dos serviços médicos e exames. O número de procedimentos médicos realizados anualmente já passa de 1 bilhão, o que representa uma média da ordem de 3 milhões de registros diários. “É imperativo discutir os limites de utilização e o uso racional dos serviços. É um debate urgente”, alertou.

Para a presidente da FenaSaúde, a coparticipação ou franquia pode ser um mecanismo que ajude a mitigar a escalada dos custos. “Queremos ter 48 milhões de fiscais”, observou Solange Beatriz, fazendo referência ao número de beneficiários da saúde suplementar no Brasil.

Fonte: CQCS

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