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Saúde: é preciso estudar o segmento para atender melhor os clientes

O consultor Sérgio Ricardo destacou que o corretor de seguros que trabalha com saúde suplementar não é apenas corretor. “É um consultor. Ele tem uma série de serviços a ser feito. O pós-venda é pesadíssimo, é mais importante que a venda”, disse o especialista durante a live do Clube dos Corretores de Seguros do Rio de Janeiro (CCS-RJ) que discutiu os reajustes anuais no mercado de saúde, nesta quinta-feira, 03.

Além de Sérgio Ricardo, participaram da conversa, Paulo Machado, coordenador da comissão de saúde e odonto do CCS-RJ e o diretor financeiro do CCS-RJ, Marco Aurélio Marques.

Para ele, o corretor tem a obrigação de a cada ano, acompanhar o reajuste, sinalizar tendências do mercado para seus clientes, que são os beneficiários dos planos para que ninguém se assuste. “Esse ano estamos vendo tudo o que está acontecendo, e estão falando de reajuste entre 12% e 15% nos planos individuais. Isso significa que os PMEs devem ter um reajuste entre 20% e 23% e os planos por adesão podem ser 30%”, projetou.

Sérgio lembrou que a saúde suplementar recebeu marco regulatório da Agência Nacional de Saúde (ANS) em 1998. “Antes disso, era uma bagunça”, disse ele.

Durante os anos que se seguiram foram de euforia. “O negócio era vender. Muita gente ganhou dinheiro com planos de saúde, mas aos poucos a sinistralidade foi chegando”, afirmou.

Ele lembrou que é preciso ter em mente que vão se incorporar uma série de procedimentos que têm origem muitas vezes em equipamentos e insumos importados em dólar e isso integra a inflação médica. “A saúde suplementar incorpora a inflação oficial e a inflação médica e os procedimentos que acontecem a cada 2 anos vão ser mais breves porque a ciência evolui muito rápido”, disse.

Por isso, Sérgio Ricardo defendeu que o corretor entenda e saiba sobre as tendências de mercado para orientar melhor seus clientes.

Ele destacou que a saúde suplementar sabe que é preciso investir em prevenção e, por outro lado, o beneficiário sabe que quanto mais tecnologia embarcada no processo, mais preciso é o diagnóstico e maior a probabilidade de cura. Conflito de interesses que acaba gerando o sinistro”, destacou.

Sérgio Ricardo ressaltou ainda que existe um problema cultural já que quando não havia plano de saúde, as pessoas buscavam um hospital, a saúde pública. “Quem tem plano de saúde acha que tem que ir ao hospital e não ao médico. E, com isso, o custo de tudo é dobrado”, explicou.

Ele destacou ainda que o que pode fazer diferença é o nível de gestão de risco que as empresas exercem no dia a dia, por isso, o corretor de seguros não pode ficar alheio. “É fundamental saber o que está acontecendo”, enfatizou. Paulo sugeriu que a ANS fizesse um trabalho de divulgação para os beneficiários sobre os reajustes para que ficasse mais claro a questão dos custos.

Sergio Ricardo explicou que a agência já faz esse trabalho com as cartilhas. “Eu sugiro que o corretor de seguros entre no site da ANS e use todas as cartilhas para mostrar aos clientes no momento da venda”, afirmou.

Eles falaram ainda sobre como os programas de saúde preventivos desenvolvidos por operadoras podem ajudar na promoção como forma de ensinar os usuários a ter atitudes saudáveis, fazer exames preventivos e ajudar na redução de custos.  

Fonte: NULL

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