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Saída para Correios será debatida após recuperação

Aproveitando o momento de anúncios do governo sobre novas privatizações, o ministro da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, Gilberto Kassab, disse ontem que deve ser iniciada uma discussão sobre a transferência de controle dos Correios, que envolverá a possibilidade de abertura de capital, assim que a companhia conseguir definir um horizonte de recuperação financeira.

“Não existe ainda nenhuma decisão. Temos um esforço muito grande para melhorar a gestão dos Correios, torná-los mais eficientes”, disse o ministro. Ele afirmou que há “diferentes frentes” de mudança na estatal, seja pela via da privatização tradicional ou da abertura do capital, a despeito da resistência de parte dos funcionários da companhia.

“Essa discussão é um pouco maior do que a de dentro dos Correios, é da sociedade brasileira”, disse o Kassab depois de participar de evento de demonstração da tecnologia de quinta geração da telefonia móvel (5G).

Kassab disse que, enquanto as mudanças mais profundas não ocorrem, a empresa postal tem conseguido melhorar os resultados financeiros. “Os Correios tinham um Déficit de aproximadamente R$ 2 bi e vamos fechar este ano com um valor bastante reduzido, comparativamente, numa ação de eficiência administrativa.”

Na avaliação do ministro, a entrada de investidores privados no grupo de controle dos Correios deve ocorrer com a garantia de manutenção de alguma condição especial para a companhia. Ele lembrou que o monopólio postal, garantido à empresa, não se mostra tão efetivo para o ganho de receita, mas algum benefício à companhia deve ser preservado.

O ministro afirmou também, no evento, que o governo pode fazer “aperfeiçoamentos” na lei de incentivo à indústria de informática para atender a exigências da Organização Mundial do Comércio (OMC). Esta semana a OMC tomou decisão em que considerou sete programas brasileiros de política industrial, incluindo a Lei de Informática e o Inovar-Auto, incompatíveis com as regras internacionais. Interlocutores do governo já admitem que o Brasil deve apresentar recursos ao órgão de apelação da OMC. Kassab disse que a organização internacional é órgão de credibilidade que deve ter a decisão respeitada.

 

Fonte: Valor

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