RSA Seguros busca dobrar de tamanho no Brasil até 2011
São Paulo Para minimizar as dificuldades de seu país de origem devido à crise financeira internacional, a seguradora inglesa RSA vê no Brasil um grande potencial de crescimento. A estratégia da seguradora para os próximos três anos é de dobrar de tamanho no País. Em 2007, a companhia registrou R$ 311 milhões em prêmios diretos, com crescimento nos últimos anos a taxas médias de 15% . “Esperamos manter essa expectativa para 2009”, afirma o presidente da RSA Seguros Thomas Batt. Segundo ele, essa projeção é composta apenas por crescimento orgânico, já que eventuais aquisições estratégicas podem superar as expectativas.
Para manter o desempenho positivo e serviços com qualidade superior ao do mercado, a seguradora aposta em planejamento estratégico com foco em seguros corporativos, principalmente nos produtos de transporte, bens patrimoniais, automóvel frotas, engenharia, responsabilidade civil e vida em grupo.
O presidente da companhia acrescenta que a RSA Seguros pretende crescer fortemente no mercado de seguro de afinidades (produtos de baixo valor). Este ano, por exemplo, a companhia fechou parceria com importantes empresas do segmento varejista oferecendo produtos de seguros inovadores para aparelhos portáteis.
“Outros segmentos estão em nosso radar”, conta. Segundo ele, apesar da crise no mercado financeiro, o patrimônio líquido da seguradora cresceu 20% em 2007 e subiu 5% até setembro de 2008. “O grupo tem exibido, ao longo dos anos, desempenho econômico rentável e sustentável.”
De acordo com Batt, em 2007, a companhia apresentou prêmio retido (parcela do prêmio emitido que permanece com a seguradora, após co-seguro e resseguro) de 5,8 bilhões de euros (cerca de R$ 20 bilhões) e um índice combinado de 94,9%. Nos últimos quatro anos, o índice combinado ficou perto dos 96% e o retorno sobre o patrimônio, em torno de 20%. “O patrimônio líquido tem crescido em conformidade com os negócios e reflete a solidez e diversificação das operações.”
Com a expectativa de manter o índice combinado para 2008 abaixo de 95% , a seguradora teve seu rating elevado pelo Moodys Investors Service, no dia 2 de dezembro. O Rating do grupo RSA passou de A3 para A2, considerando os níveis de rentabilidade e capitalização.
Resseguros
A RSA Seguros, anteriormente conhecida como Royal & Sun Alliance Insurance, recebeu ontem autorização da Superintendência de Seguros Privados (Susep), a atuar como resseguradora admitida no Brasil para cobertura de seguros de danos.
A Susep também autorizou ontem mais duas resseguradoras admitidas, a Ace Tempest Reinsurance, apta a operar nos ramos de danos e pessoas e a Aspen Insurance UK Limited para atuar no ramo de danos.
De acordo com a norma da Susep (Lei Complementar nº 126/2007) que estabeleceu a abertura do mercado de resseguros em abril 17 deste ano, a resseguradora admitida deve ter escritório de representação no País, ser constituída há mais de cinco anos e ter reservas mínimas de US$ 5 milhões no Brasil, além de patrimônio líquido superior a U$ 100 milhões.
Com essas três novas autorizações, a Susep já está na marca de 40 resseguradoras cadastradas para a atuar no Brasil. Esta era a previsão do órgão após a quebra do monopólio do IRB-Brasil Re.
Além da modalidade admitida, existem as locais, com sede no País, 60% de preferência e capital mínimo de R$ 60 milhões, mais capital adicional, e as eventuais, com sede no exterior, constituídas há mais de cinco anos e com a preferência de apenas 10% do resseguro. Além disso, o patrimônio líquido deve ser superior a US$ 150 milhões.
O grupo
A RSA Seguros, opera em 28 países com negócios em mais de 130 localidades. A companhia tem cerca de 22 mil funcionários e, em 2007, registrou prêmios de 5,8 bilhões de euros, constituindo-se como um dos maiores grupos seguradores do mundo, com quase 300 anos de existência.
O grupo divide sua operação global em três diferentes áreas específicas: Mercados Emergentes, onde está inserido o Brasil, Região Internacional e Reino Unido.
No Brasil, o grupo atua há 58 com foco em seguros corporativos e de afinidade, sendo a terceira maior em seguros para embarcadores (transporte internacional e transporte nacional). Segundo o presidente da empresa, os negócios do grupo são focados em estratégias específicas para cada país em diferentes estágios de desenvolvimento.
Otimismo
“Esperamos manter expectativa de crescimento em torno de 15% para 2009, composta apenas por crescimento orgânico”
Fonte: DCI OnLine