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Rossi defende nova linguagem na comunicação com clientes

Os seguradores admitem que é hora de a atividade de seguros melhorar a comunicação com o consumidor, como forma de reforçar a transparência das operações do setor, em particular com a população das classes C, D e E. O presidente da Federação Nacional de Previdência Privada e Vida (Fenaprevi) e da Bradesco Seguros e Previdência, Marco Antonio Rossi, entende que é preciso usar palavras menos técnicas. “Devemos usar o termo mensalidade paga à seguradora e não prêmio.Mudanças sutis como essa podem fazer grande diferença para atendermos de forma adequada o novo consumidor que ingressa no mercado de consumo”, disse o executivo, ao participar do 5º Fórum Nacional de Seguro de Vida e Previdência Privada, encerrado nesta quintafeira em São Paulo.”O desafio que o novo público consumidor traz à tona é desenvolver produtos adequados e mais simples, que possam ser assimilados por todos”, assinalou, acrescentando que tal premissa deve ser aplicada especialmente nos segmentos de vida e previdência complementar aberta. A opinião é compartilhada pelo presidente da Confederação Nacional das Seguradoras (CNSeg), Jorge Hilário Gouvêa Vieira, que, no mesmo evento, destacou a importância de se investir na comunicação, traduzindo a linguagem do seguro, e na criação de produtos que atendam por completo às necessidades do consumidor, em especial o de baixa renda.”Incentivar e apoiar o desenvolvimento de seguros de pequeno e médio portes também faz parte da agenda de ações da CNSeg”, completou Gouvêa Vieira. Ele e Marco Rossi acreditam que esse é o melhor momento vivido pelo mercado de seguros nos últimos anos, particularmente no ramo de pessoas e na previdência complementar aberta.O CAMINHO. Para Marco Antonio Rossi, o seguro de pessoas é a porta de entrada dos consumidores na indústria de seguros.Ele entende que é preciso aproveitar o cenário favorável para “conquistar muitos mais clientes”. Mas, alertou que essa recepção deve ser feita de “forma eficiente”, depois de lembrar que o setor conta hoje com 37 milhões de pessoas protegidas por seguros, número que representa cerca de 30% da população brasileira (economicamente ativa).Jorge Hilário, por sua vez, assentou que o mercado precisa mostrar para a sociedade o seu real valor sob o ponto de vista social, pela proteção que oferece à sociedade, e sob o ponto de vista econômico, pela formação de poupanças de longo prazo, indispensáveis ao desenvolvimento sustentado do País. “Precisamos ter sempre em mente que a importância desse mercado não se mede pelo volume de prêmios arrecadados.Os segmentos de seguros de pessoas e de previdência complementar vêm se sofisticando no Brasil e oferecendo produtos de nível internacional”, observou, acrescentando que esses segmentos, por cuidarem da vida e do planejamento de futuro das pessoas, “não podem deixar de lado a necessidade cada vez mais premente de investir na qualidade e eficiência da relação com o consumidor”.Os dois executivos também creditam ao cenário econômico favorável o bom momento experimentado pelo mercado de seguros e previdência complementar.Nesse sentido, Marco Antonio Rossi, afirmou que o momento é “especial para o seguro e também para o País”, em virtude da estabilidade econômica, que permite o planejamento a longo prazo.Na avaliação dele, o aumento da expectativa de vida dos brasileiros e a ascensão social das classes D e E “estão mudando a cara do Brasil”.
 

Fonte: CQCS

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