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Risco de crise volta a rondar economias mais frágeis da União Europeia

O risco de crise volta a rondar países da União Europeia e coloca em observação as economias de Portugal e da Irlanda. O ministro das Finanças de Portugal, Fernando Teixeira dos Santos, admitiu que existe alto risco de o país necessitar de empréstimos emergenciais para pagar suas dívidas. “O risco é alto porque não estamos enfrentando só um problema nacional, de um país. São os problemas da Grécia, de Portugal e da Irlanda”, disse o ministro ao Financial Times.
Dessa forma, Portugal pode ser mais uma vítima de contágio da atual crise econômica europeia.“Os mercados olham para essas economias de forma conjunta porque estamos juntos na zona do euro, mas provavelmente eles a olhariam diferentemente se não estivéssemos. Supondo que não estivéssemos na zona do euro, o risco de contágio seria menor”, afirmou Santos.
Lisboa mira reduzir o déficit em 2010 para 7,3%, um ponto percentual a menos do que o déficit em 2009. Segundo o ministro, como o  país demorou a adotar medidas de austeridade, a fim de estimular sua economia estagnada, só em maio o governo começou a atacar o déficit orçamentário e os elevados gastos públicos.
As declarações do ministro português ocorreram no mesmo dia em que a Grécia admitiu que seu déficit foi ainda maior do que o calculado anteriormente no ano passado. Pelas contas do Eurostat, órgão de estatísticas da União Europeia, o déficit grego alcançou 15,4% do PIB (Produto Interno Bruto) no ano passado, 1,8 ponto percentual acima da estimativa anterior, divulgada em abril. É o maior déficit da zona do euro. A revisão do cálculo, na prática, mostra que o esforço da Grécia para reduzir seu déficit foi menor que esperado- caiu para 9,4%  em vez dos 7,8% do PIB prometidos. A dívida interna do país também preocupa analistas, por ser duas vezes mais alto do que o permitido na zona do euro. Inspetores da UE, do Banco Central Europeu e do FMI  voltam a avaliar os esforços de Atenas para equilibrar suas contas.
Existe a perspectiva de que novos empréstimos sejam repassados ao país– a terceira parcela dos 110 bilhões de euros (R$ 258 bilhões) prometidos no pacote de resgate acertado em maio –, mas exige-se o aprofundamento dos cortes do orçamento, motivo de violentos protestos recentemente.
Já a Irlanda tem o segundo maior déficit entre os países da zona do euro, na casa de 14,4% do PIB, e, apesar das negativas oficiais, pode necessitar de ajuda financeira da UE. Rumores dão conta de que a Irlanda corre a sacola para obter até 80 bilhões de euros (R$ 188 bilhões) do Fundo Europeu de Estabilidade Financeira (EFSF, na sigla em inglês). Os problemas financeiros irlandeses estão em debate nesta terça-feira, em Bruxelas, durante reunião de ministros da UE.

Fonte: Viver Seguro

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