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Rio de Janeiro pode se tornar a capital brasileira do resseguro, diz secretário

Data: 07.03.2007 – Fonte: Agência Brasil
Alana Gandra
Rio de Janeiro – A Lei Complementar 126, que abriu o mercado brasileiro do resseguro (o seguro das seguradoras) à livre concorrência, poderá acelerar o projeto de transformação do Rio de Janeiro na capital do resseguro. A avaliação foi feita à Agência Brasil pelo secretário de Desenvolvimento Econômico do Estado do Rio de Janeiro, Júlio Bueno.
O resseguro é o seguro do seguro. Isso significa que quando uma operação ou um bem apresenta muitos risco, como uma plataforma de petróleo, por exemplo, a seguradora faz um novo seguro com outra companhia. Dentro de 30 dias, deve ser assinado um protocolo envolvendo todos os interessados, que são os governos estadual e municipal, a Assembléia Legislativa (Alerj) e a Federação Nacional das Empresas de Seguros Privados e de Capitalização (Fenaseg). Segundo Bueno a iniciativa vai tornar o resseguro uma questão central para o Rio de Janeiro.
A pedido do governo fluminense, a Fenaseg está estudando os tributos incidentes sobre o setor do resseguro. Segundo Júlio Bueno, o objetivo “é ver que incentivos poderão ser dados para trazer as grandes resseguradoras para o Rio de Janeiro”.
O governo está discutindo também a implantação de um Centro de Resseguros na capital, um local físico onde as resseguradoras poderão se instalar. O local ainda não foi definido, mas uma das opções seria a área do Teleporto, na Cidade Nova, próximo ao centro do Rio de Janeiro, admitiu Bueno.
O secretário avaliou que o projeto tem uma importância simbólica para o estado. “O Rio de Janeiro tem sido esvaziado no setor de serviços ao longo dos últimos 30 ou 40 anos. Nós perdemos a Bolsa de Valores, perdemos o setor financeiro. Se a gente traz o resseguro, é a sinalização de novos tempos. O Rio de Janeiro lutando outra vez para ter a área de serviços forte, que é muito importante para a cidade”, disse Bueno.
A formação de recursos humanos nas áreas de seguro e resseguro é outra preocupação do secretário estadual de Desenvolvimento Econômico. “A idéia é tornar os recursos humanos uma questão de ponta no Brasil”, afirmou.
Outra ação visa a articular o poder de compra do Rio de Janeiro em resseguros. Bueno explicou que o objetivo é fazer com que os resseguros a serem feitos induzam as empresas a instala-se no município.

Fonte: CQCS

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