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Retomada só virá em 2010, prevê Swiss Re

A o falar sobre a perspectiva do mercado de seguros mundial em 2009, contida no estudo Sigma World Insurance, da Swiss Re, Daniel Staib, um dos autores do trabalho, disse que, embora os mercados financeiros continuem vulneráveis, eles se estabilizaram recentemente, reduzindo a pressão sobre o preço dos ativos e sobre o capital. Mesmo assim, os economistas da Swiss Re, segundo ele, preveem que o crescimento dos prêmios de seguros de vida continue contido em 2009, podendo até mesmo ser negativo, já que a turbulência nos mercados acionários e as perspectivas sombrias para o nível de emprego continuam a impactar negativamente a venda de produtos de poupança vinculados a títulos. Os mercados com proporção elevada de negócios de prêmio único vinculados a títulos serão os mais afetados.
Com a recuperação da economia, Daniel Staib espera um aumento nos prêmios de seguros de vida e nos resultados de investimento, já que é esperado que o preço dos ativos volte a melhorar. Para ele, isso terá efeitos positivos não apenas na rentabilidade, mas também no patrimônio líquido e na capacidade de captação de capital. A médio e longo prazos, a perspectiva para os seguros de vida continua positiva, sustentou.TENDÊNCIA DOS PREÇOS. Nos ramos não-vida, ele revelou que a estimativa é dos prêmios reais, isto é, corrigidos pela inflação, permanecerem constantes em 2009, já que é provável que a retração econômica contenha a demanda, particularmente nas linhas de negócio comerciais. O especialista assinalou que é provável que a demanda pelas linhas pessoais, como veículos, seja menos afetada, já que os gastos com seguros são menos discricionários, particularmente nos mercados industrializados. No entanto, a situação econômica também afetará esse segmento.Para ele, embora o esperado seja que a recessão reduza a demanda por cobertura de seguros, as carências de capital sustentarão a alta de preços. Além disso, a demanda por cobertura adicional deve crescer em 2010, acompanhando a recuperação da economia, assinalou, acrescentando que é provável que a rentabilidade aumente nos ramos não-vida em função, principalmente, da alta de preços e de resultados de investimentos mais sólidos.EM 2008. O estudo apontou ainda que o patrimônio líquido do setor de seguros de vida no mundo, como resultado da instabilidade nos mercados financeiros, encolheu em 2008, em média de 30% a 40%; algumas companhias sofreram quedas de até 70%. Daniel Staib observou que o volume das perdas no patrimônio líquido no setor de seguros de vida é um reflexo do fato de que as seguradoras do ramo assumem não apenas o risco de seguro, mas também o risco de ativos. Entretanto, deve-se dizer que a extensão das perdas demonstra a dimensão extraordinária da crise, analisou.O estudo mostra que o faturamento mundial de prêmios de seguros apresentou ligeira alta em 2008, aumentando para US$ 4,270 trilhões. Se corrigidos pela inflação, os prêmios apresentaram queda de 2%. Em nível global, os prêmios de seguros de vida recuaram 3,5% em 2008, devido, principalmente, à forte queda na venda de produtos vinculados a títulos e seguros de vida com prêmio único nos países industrializados. Os prêmios de ramos não-vida caíram 0,8%.

Fonte: Jornal do Commercio

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