Ressarcimento será difícil
Desde o começo dos ataques, no último dia 21 de novembro, já foram incendiados 109 veículos. O ressarcimento do prejuízo não será fácil, principalmente para os proprietários que não têm seguro contratado.Para quem teve o carro incendiado no Rio de Janeiro, a primeira providência a ser tomada, de acordo com Mário Sérgio de Almeida Santos, presidente do Sincor-SP (Sindicato dos Corretores de Seguros do Estado de São Paulo), é avisar às autoridades e retirar o veículo da rua, pois o dono do carro ainda será responsável por ele.De acordo com ele, o seguro pode apelar para uma cláusula comum das apólices, que não obriga o pagamento se o dano for causado em ato de vandalismo.As drogas apreendidas na ocupação do Complexo do Alemão já estão sendo queimadas no forno da CSN (Companhia Siderúrgica Nacional), em Volta Redonda, no Sul do estado.Elas foram transportadas em três caminhões da Comlurb (Companhia de Limpeza Urbana), que tiveram escolta de dois carros da Core (Coordenadoria de Recursos Especiais da Polícia Civil), um da Polícia Federal, além de agentes em duas motos. Policiais da PRF (Polícia Rodoviária Federal) deram apoio à escolta durante o trajeto, de cerca de uma hora e meia, que seguiu pela Linha Vermelha e pela via Dutra, ontem.Estão sendo incineradas 33 toneladas de maconha, 235 quilos de cocaína, 27 quilos de crack e 1,406 mil frascos de lança-perfume. A polícia apresentou ainda 135 armas de longo alcance, entre fuzis e metralhadoras, além de dezenas de artefatos explosivos e munições variadas.DESVIO DE ARMASO chefe de Polícia Civil, Alan Turnowski, disse que a apreensão é a maior da história do Rio. Mas a cúpula da segurança investiga desvios de armas e drogas por parte de policiais, conforme revelou reportagem de ontem, da Folha de S. Paulo.Há denúncias também de facilitação de fugas de traficantes que estavam no Alemão. A polícia estimava pelo menos 500, mas só foram presos 10% desse número.
Fonte: Jornal de Brasília | Brasil | DF
