Rendimento de trabalho em home office sobe 53% desde o início da pandemia
O número de profissionais em home office no 3º trimestre deste ano estava em 6,53 milhões. Já o rendimento médio desses trabalhadores ficou em R$ 3.009,88. De acordo com levantamento do economista Bruno Imaizumi, da LCA Consultores, feito com base na Pnad do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o valor médio do rendimento dos brasileiros ocupados em home office no 3º trimestre é o segundo maior desde 2018 só perde para o 2º trimestre de 2021, quando registrou uma média de R$ 3.052,45.
O levantamento do economista leva em conta dados desde o primeiro trimestre de 2018, quando o IBGE começou a divulgar números referentes ao home office no país.
De acordo com o estudo de Imaizumi feito a partir dos microdados do IBGE, o maior valor do rendimento médio coincide com o período em que houve a maior proporção de profissionais em home office.
Desde o 2º trimestre de 2021, os rendimentos de quem está em home office vêm se mantendo acima dos demais trabalhadores.
Na comparação com o primeiro trimestre de 2020, logo antes do início da pandemia, o rendimento dos trabalhadores em home office cresceu 53,6%
Em relação ao 3º trimestre de 2018, o aumento no rendimento foi de 66% Em relação ao mesmo período de 2019, o avanço foi de 56,5%
Já em relação ao 3º trimestre de 2020, a alta foi de 29,4%.
Na comparação com o mesmo trimestre de 2021, o rendimento cresceu 4%.
Já a massa de rendimento real (soma dos rendimentos recebidos de todos os ocupados) dos trabalhadores remotos estava em R$ 19,64 bilhões no 3º trimestre deste ano, maior valor em 4 anos.
A alta é de 192% em relação ao mesmo trimestre de 2018 (R$ 6,72 bilhões), 135% ante 2019 (R$ 8,36 bilhões), 77% sobre 2020 (R$ 11,1 bilhões), e de 4,3% em relação ao ano passado (R$ 18,8 bilhões).
Na comparação com o 1º trimestre de 2020 (R$ 8,5 bilhões), o avanço é de 130,6%. O pós-pandemia mudou o perfil das pessoas que trabalham remotamente. Está associado sobretudo a pessoas mais qualificadas e, consequentemente, melhor remuneradas, principalmente em atividades em que a presença física não é exigida, como em áreas de tecnologia, atividades financeiras, informação e comunicação, diz Imauzumi.
Fonte: NULL