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PT TAMBÉM TERIA NEGOCIADO DOSSIÊ CONTRA GRUPO DE ACM

Os mesmos personagens do comitê de reeleição do presidente Lula que participaram do esquema montado para a compra do dossiê contra políticos tucanos negociaram também com o empresário Luiz Antônio Vedoin a compra de um dossiê contra o grupo do senador Antônio Carlos Magalhães (PFL-BA).
Vedoin teria mostrado cheques, acompanhados de guias de depósito, revelando pagamentos de propina na conta de um sobrinho de ACM, o vereador Paulo Magalhães Júnior (PFL-BA). “Esse tipo de dossiê já os levou para o segundo turno. Vedoin é ladrão e não merece crédito”, rebateu ACM ontem.
Por essas informações, os Vedoin exigiam um pagamento em separado. Eles não admitiam colocar as supostas provas sobre o pagamento ao PFL na mesma negociação do dossiê contra os tucanos.
O esquema de compra de dossiês dos Vedoin era ambicioso. Depois de atacar o PSDB, a próxima vítima seria o PFL, segundo confidenciou ao jornal O Estado de S. Paulo um dos personagens à frente da operação.
Jorge Lorenzetti, o churrasqueiro do Planalto e um dos operadores da compra do dossiê contra tucanos, e Valdebran Padilha, empresário ex-tesoureiro da campanha do PT em Cuiabá, esperavam comprar o dossiê contra o PFL baiano depois de encerrada a primeira negociação.
A estratégia caiu por terra com a descoberta de que os Vedoin trocaram a venda de ambulâncias superfaturadas pelo comércio de dossiês. Mais uma vez, Expedito Veloso, ex-diretor de Análise e Risco do Banco do Brasil, foi encarregado de fazer a análise bancária dos documentos, a pedido de Lorenzetti. Era fundamental para definir se os papéis eram consistentes.
Wagner
A negociação não foi para frente, de um lado, porque Jacques Wagner – candidato do PT ao governo baiano, eleito em primeiro turno – não quis saber de dossiê e, do outro, porque a bruxaria entre petistas e a família Vedoin se voltou contra os feiticeiros. Com o episódio, Wagner saiu fortalecido junto a Lula e Berzoini sai ainda mais fraco.
Na CPI dos Sanguessugas, Luiz Antônio Vedoin, dono da Planam, contou que foi à Bahia com o deputado Paulo Magalhães, pai do vereador Paulo Magalhães Júnior. O deputado chegou a patrocinar um encontro entre Vedoin e o governador Paulo Souto (PFL).
Na ocasião, o chefe da máfia das ambulâncias discutiu a instalação de uma empresa de ônibus, a Vedobus, na cidade de Dias D´Ávila. Paulo Magalhães chegou a constar na lista dos sanguessugas, mas em depoimento à CPI Vedoin tratou de inocentá-lo. Mesmo deixando um rastro de suspeição, o sobrinho de ACM não foi investigado.

Fonte: G1

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