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Propriedades agropecuárias crescem o equivalente ao estado do Acre

A área ocupada por estabelecimentos agropecuários cresceu, entre 2006 e 2017, 16,5 milhões de hectares – valor que equivale ao território do estado do Acre. Os dados fazem parte dos resultados preliminares do Censo Agro 2017, divulgados nesta quinta-feira (26) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

No ano passado, essas propriedades ocupavam 350 milhões de hectares, ou 41% da área do Brasil. Houve um aumento de 5% em relação ao Censo anterior, de 2006.

Os estados que tiveram as maiores elevações de área ocupadas, em números absolutos, foram o Pará e o Mato Grosso, com mais 6,75 milhões e 6,14 milhões de hectares, respectivamente. No Pará, o crescimento ocorreu principalmente por áreas de pastagens, enquanto no Mato Grosso, pela lavoura.

Entre as regiões, apenas a Nordeste apresentou queda na área dos estabelecimentos agropecuários.

“Cinco anos de secas na região podem explicar essa queda. Houve um processo de desertificação entre a Bahia e o Rio Grande do Norte”, destacou Antonio Carlos Florido, coordenador técnico do Censo.
Prévia dos números

A divulgação final do Censo está prevista para junho de 2019. O IBGE pondera que alguns dados podem mudar. Há, ainda, 7.795 estabelecimentos nos quais os questionários ainda não haviam sido coletados.

Desses, 6.582 por recusas de informações por parte do produtor e 1.213 referentes a empresas ou grandes produtores. Outros 3 mil questionários estão passando por processo de validação.

“É uma obra em andamento que abrimos para visitação pública. Faltam acabamentos, o serviço não terminou e podem ter puxadinhos”, afirmou coordenador do Censo.

A pesquisa revela a redução no número de trabalhadores nas propriedades, enquanto cresce o de máquinas.

“Conforme há uma mecanização dos processos, o número de pessoal ocupado vai diminuindo, assim como ocorreu em outros setores”, explica Antonio Florido, coordenador do Censo.

Em 11 anos, os ocupados nos estabelecimentos agropecuários diminuíram em 1,5 milhão de pessoas. No ano passado, eram 15 milhões de trabalhadores nessas propriedades.

Já o número de tratores cresceu 49,7% no período, totalizando 1,22 milhão de unidades em 2017. Os estados da região Norte lideraram a alta. Amapá e Roraima tiveram crescimento de 304% e 293% no número de tratores existentes nas propriedades entre 2006 e 2017.

Mais irrigação e agrotóxicos
A produção também mudou. Houve aumento de 21% no número de produtores que utilizaram agrotóxicos, num total de 1,68 milhão. O uso de irrigação foi ampliado, com aumento de 52% tanto em estabelecimentos quanto em áreas.

Em relação ao tamanho das propriedades, aumentou a participação daqueles com 1.000 hectares ou mais. De 45% para 47,5%. Já os estabelecimentos de 100 a menos de 1.000 hectares perderam participação, passando de 33,8% para 32%.

O Censo mostra ainda que as áreas de matas naturais, que são as florestas naturais, em estabelecimentos agropecuários cresceram 11,4%.

 

Fonte: G1

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