Projetos de leis que envolve contratos de seguros preocupam o mercado
O mercado de seguros está preocupado com os possíveis efeitos de projetos de leis que tornam obrigatórias as coberturas para riscos expressamente excluídos nos contratos de seguros. Esse foi, inclusive, tema do último relatório de monitoramento do mercado divulgado pela Willis Towers Watson. Ao analisar as tendências do setor relacionadas à Covid-19, a publicação alertou para o risco de as seguradoras “terem de arcar com custos adicionais em função de projetos de lei prevendo a cobertura de eventos expressamente excluídos”.
No Brasil, o presidente da CNseg, Marcio Coriolano, já se manifestou a respeito dessa questão, afirmando que leis nesse sentido, se forem aprovadas, podem trazer graves riscos à solvência e até à permanência do negócios de seguros.
No mercado internacional, essa possibilidade também traz preocupações. A Federação Global de Associações de Seguros (GFIA, na sigla em inglês) admite, inclusive, que estejam ocorrendo flexibilizações de coberturas. Contudo, a entidade assegura que o mercado não abriu mão do fundamento universal das exclusões de pandemias, posicionamento compartilhado pela Association of British Insurance (ABI), a CNseg britânica.
A Willis Towers Watson publicou suas recomendações para as companhias de seguros com base nas tendências do primeiro trimestre e nos possíveis impactos do COVID-19.
Em maio, os especialistas da Willis Towers Watson elaboraram um mapa de serviços para riscos corporativos e corretagem. O objetivo é apoiar as empresas na tomada de decisões efetivas e racionais.
Ao apontar diretrizes, a publicação informa que o mercado está operando remotamente na América do Norte, em Londres, nas Bermudas, na Europa, na Ásia e na América Latina.
A Willis Towers Watson recomenda que todos estejam atentos às condições do mercado, pois pode haver impacto em determinadas atividades industriais, maiores restrições nos termos e condições e alguns subscritores podem demorar mais tempo para cotar novos negócios. “Mantenha-se informado sobre as atualizações do mercado”, aconselham os especialistas.
A publicação informa ainda que “está implícito” que as seguradoras do mundo todo estão enfrentando os requerimentos “caso a caso”. Dessa forma, quando se trata de solicitações de extensões de cobertura, alterações no curso de suas apólices, dentre outros, as seguradoras estão considerando “as circunstâncias individuais de seus segurados”.
Fonte: NULL
