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Produção industrial tem alta de 0,1% em novembro

A produção industrial brasileira registrou alta de 0,1% em novembro, na comparação com outubro, segundo divulgou nesta terça-feira (8) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Na comparação com novembro de 2017, houve queda de 0,9%.

“Os índices acumulados do ano (1,5%) e nos últimos 12 meses (1,8%) continuam positivos, mas o setor seguiu mostrando perda de ritmo frente aos meses anteriores”, destacou o IBGE.

A indústria teve o pior novembro desde 2015, quando recuou 2% na comparação com o mês imediatamente anterior. Em 2016 e 2017, a alta foi de 0,6% nos meses de novembro.

O IBGE também revisou o resultado de outubro do ano passado, de uma alta de 0,2% para uma queda de 0,1%. Com isso, o desempenho de novembro, ainda que fraco, representou a primeira alta após 4 meses seguidos de queda.

“Embora muito perto da margem, é um resultado positivo… Interrompe uma sequência de quatro meses de queda na produção. Esse movimento sequencial não era visto desde o final de 2015″, disse o gerente da pesquisa, André Macedo.

Considerando o acumulado em 12 meses (alta de 1,8%), foi o pior resultado mensal desde outubro de 2017, quando o avanço estava em 1,7%. Conforme destacou o IBGE, o ritmo da produção vem perdendo tração desde julho de 2018, quando o setor acumulava alta de 3,3%.

Entre os fatores que levaram a perda de ritmo, Macedo destacou os impactos da greve dos caminhoneiros, da crise nas exportações de produtos brasileiros, o mercado de trabalho ainda deteriorado e a incerteza política durante o período eleitoral que freou investimentos e o consumo.

O resultado de novembro veio em linha com a média das projeções de 25 instituições financeiras e consultorias ouvidas pelo Valor Data, que previam alta de 0,1% em novembro. As estimativas eram bastantes dispersas, de queda de 0,7% a alta de 1,4%.

Desempenho por segmento
Dos 26 ramos industriais pesquisados, apenas 10 mostraram crescimento na produção na passagem de outubro para novembro. O destaque foi o segmento de produtos alimentícios, que avançou 5,9%, interrompendo quatro meses consecutivos de queda. Também contribuíram para a alta do índice geral os seguintes ramos: produtos farmoquímicos e farmacêuticos (7,1%) e coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (0,5%).

A recuperação do setor, assim como a do restante da economia brasileira, segue em ritmo lento, mas nos últimos meses tem aumentado o otimismo dos empresários.

Segundo levantamento da Fundação Getulio Vargas (FGV), a confiança da indústria brasileira registrou em dezembro a segunda alta consecutiva, embora permaneça abaixo dos níveis alcançados no primeiro semestre do ano, sinalizando um ritmo ainda morno de atividade na virada para 2019.

A economia brasileira avançou 0,8% no 3º trimestre, na comparação com o segundo. O PIB da indústria cresceu 0,4% no 3 trimestre, no primeiro resultado positivo no ano.

A mais recente pesquisa Focus realizada pelo Banco Central com uma centena de economistas aponta que a expectativa é de um crescimento de 1,3% do PIB em 2018, e alta de 2,53% em 2019.

Fonte: G1

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