Procon do Rio alerta sobre aquisição de produtos com garantia estendida
A garantia
estendida sobre produtos adquiridos pelos consumidores tem se tornado cada vez
mais comum. No momento de fechar a compra, muitos vendedores oferecem o serviço,
que amplia a proteção além do prazo de um ano oferecido legalmente pelos
fabricantes. Mas a estratégia criada para beneficiar o cliente pode acabar
trazendo dificuldades quando o produto apresentar
defeito.
Além disso, em
muitos casos, a venda da garantia estendida é feita de forma dissimulada, sem
que o consumidor entenda que está comprando o serviço. O alerta é da secretária
Municipal de Defesa do Consumidor e coordenadora do Procon Carioca, Solange
Amaral.
O consumidor não
sabe direito o que é aquilo. Ele adquire um liquidificador e compra outra coisa
[junto], o que constitui uma venda casada. É passado um seguro, que não é mais
do fabricante nem da loja. É um terceiro personagem que entra, uma seguradora. E
o consumidor não tem clareza disso, do que está pagando e qual o direito nessa
apólice. O vendedor meio que sugere, empurra, força a compra da garantia
estendida, explicou Solange.
O diretor jurídico
do Procon estadual, Marcelo Moura, também alertou para o desconhecimento do
consumidor das condições em que são oferecidos os benefícios. Em grande parte
das situações, embute restrições, valores e condições para utilização que não
compensam. Na maioria das vezes, isso não vem explicitado na hora da
contratação. Em regra, têm situações que não são vantajosas. De forma genérica,
não é um produto benéfico para o consumidor,
alertou.
Com objetivo de
esclarecer os consumidores e propor alterações sobre o mercado do seguro de
garantia estendida, a Superintendência de Seguros Privados (Susep) e a
Secretária Nacional do Consumidor (Senacon) publicaram hoje (7) portaria
conjunta no Diário Oficial ampliando e alterando a composição de um grupo de
trabalho que deverá apresentar sugestões sobre a matéria dentro dos próximos 20
dias.
Também participam
do grupo representantes do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio
Exterior e do Ministério da Fazenda, além de representantes da Confederação
Nacional das Empresas de Seguros Gerais, Previdência Privada e Vida, Saúde
Suplementar e Capitalização (Cnseg) e do Instituto para o Desenvolvimento do
Varejo.
Fonte: Jornal do Brasil
