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Principais Bolsas asiáticas sobem com esperança de corte de juros; Europa avança

Os mercados da Ásia, com exceção do Japão, tiveram alta pela primeira vez em quatro dias nesta terça-feira, enquanto o iene e títulos governamentais caíram depois de um surpreendente grande corte de juros por parte do banco central da Austrália. A esperança é que outros bancos centrais possam tomar a mesma decisão.
Na Europa, os mercados também mostram otimismo e operam em alta.
O pânico de que os governos dos Estados Unidos e da Europa ainda não encontraram uma solução à praga que tomou conta do sistema financeiro global pressionou as ações asiáticas a um patamar mais baixo em 3 anos mais cedo.
A Coréia do Sul permanece como uma preocupação na Ásia, com o won caindo para o menor nível em 7 anos e meio, apesar do presidente do país ter minimizado especulações de uma crise de câmbio similar a que quase quebrou a economia do país há dez anos.
A fúria na qual os mercados de ações realizaram amplas vendas nas últimas semanas e a piora de condições do sistema financeiro global faz com que a reunião do grupo dos sete países mais ricos do mundo (G7), que começa na sexta-feira, seja ainda mais importante.
Investidores começaram a antecipar algum tipo de cooperação entre os países para solucionar a crise, especialmente depois do banco central da Austrália ter cortado a taxa de juro em um ponto percentual, a maior redução desde 1992.
O índice MSCI que reúne os principais da região Ásia-Pacífico com exceção do Japão exibia valorização de 0,9% às 7h32 (horário de Brasília), recuperando-se do nível mais baixo desde dezembro de 2005.
A bolsa de Sydney subiu 1,72%, recuperando-se do pior nível em 3 anos, enquanto o índice Straits Times de Cingapura subiu 0,43%.
O índice Nikkei de Tóquio terminou em queda de 3%, a 10.155 pontos, patamar mais baixo em cinco anos. O índice final, porém, mostrou uma recuperação diante de baixa de até 5% registrada mais cedo, diante de uma alta do iene no overnight que prejudicou exportadores.
O índice KOSPI, da Coréia do Sul, subiu 0,54%, a 1.366 pontos, recuperando-se do nível mais baixo em 21 meses. Autoridades do país disseram que estão considerando medidas para reduzir a volatilidade no mercado de ações.
O mercado de Hong Kong não operou por causa de feriado. Xangai caiu 0,73% e Taiwan teve valorização de 0,34%.
Europa
Na Europa, as principais Bolsas também sobem, embora as ações do setor bancário operem em baixa. A maior pressão está em Londres, onde os papéis do Royal Bank of Scotland (RBS) chegavam a ceder mais de 20% às 7h40 (de Brasília). Barclays caía 11% e Lloyds, 13%. Os três reagiam à notícia de que teriam se reunido com o Tesouro britânico para discutir uma possível injeção de capital do governo nessas instituições.
Fora de Londres, as ações do setor bancário também recuavam. Na Alemanha, o Deutsche Bank também foi alvo de rumores de que estaria planejando aumentar capital, negados depois pela própria instituição financeira. Suas ações chegaram a cair mais de 10%, mas às 7h50 (de Brasília) perdiam 5,2%. Commerzbank registrava perda mais acentuada, de 11%. Na Bélgica, Dexia caía 7%, enquanto o Unicredit caía 5,4% na Itália.
Às 7h55 (de Brasília), a Bolsa de Londres avançava 0,42%, a de Frankfurt subia 0,61% e a Paris ganhava 1,20%. As informações são da Dow Jones e do Financial Times.

Fonte: UOL Economia

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