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Previdência privada perdeu 224 mil participantes

Os planos de previdência privada perderam 224 mil participantes em todo o Brasil no ano passado. Segundo o Sindicato dos Corretores de Seguros de São Paulo (Sincor/SP) que analisou dados da FenaPrevi, 2018 terminou com 13,1 milhões de contribuintes. O órgão acredita que a procura pelos planos de previdência vai aumentar assim caso a reforma da previdência seja aprovada.

O economista do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos de Sergipe (Dieese-SE), Luis Moura, pontuou que essa forma de previdência, onde a pessoa reserva um valor mensalmente para contribuir com esse fundo própria de previdência tem um incentivo do governo federal pode abater do imposto de renda dependendo do fundo que se faça opção.

“Qual o risco disso? Primeiro, deve-se olhar a taxa de administração de cada fundo porque o que está por trás desse tipo de previdência é colocar uma quantia todo mês nesse fundo de capitalização individual e durante um tempo vai ter um retorno do montante. Esse retorno vai depender muito do tipo de investimento que quem administra o fundo faz. Ou seja, se tiver uma taxa de sucesso elevada vai ter um retorno elevado, se tiver uma taxa de sucesso baixa, vai ter retorno baixo”.

Além disso, há a taxa de administração que os fundos cobram. Então, o economista recomenda que as pessoas analisem esse tipo de fundo de previdência. Caso a pessoa tenha disciplina e predisposição de todo mês guardar dinheiro, é melhor que faça individualmente, reservando um pouco do salário todo mês, depositando numa poupança, tesouro direito ou outro tipo de investimento preferível daí a pessoa pode gerenciar seu fundo.

“O problema é que nem sempre as pessoas têm essa disciplina. E fazendo esse fundo já vem descontado o montante e fazendo isso forçadamente, mas é claro é melhor que ele faça individualmente. O ideal é colocar durante 30 anos para depois ter o retorno. Se gerir bem o fundo, a pessoa vai ter um complemento quando se aposentar daqui a 35, 40 anos”.

A queda do número de contratos já era esperada, avalia Luis Moura. Segundo ele, a queda não aconteceu por causa de juros baixos, foi porque as pessoas perderam o emprego e não conseguiram manter esse fundo de previdência e resgataram, muitas vezes até perdendo dinheiro. Por isso, é preferível fazer individualmente o fundo. Ele exemplifica com o INSS, onde o trabalhador coloca um valor e a empresa outro. Há ainda a previdência complementar que ocorre da mesma forma, ou seja, ambas são favoráveis ao empregado.

“Mas essa onde só uma pessoa deposita, é necessário ter cuidado especial porque é só um dinheiro depositado, não existe outra complementação. Só existe sentido na hora de declarar o imposto de renda, mas se tiver desempregado não vai declarar nada e o benefício vai ser zero. Se uma pessoa pegar um montante e comprar um imóvel e alugar, aí teria mais uma receita, pegava outro montante e comprava ações e teria lucro, recebe dividendos. Quando se consegue gerir seu próprio fundo, pode sim ter a opção maior para que no futuro não tenha perda. Mas, para investir nesse fundo de capitalização é preciso cuidar, pois caso perca o emprego, deve-se ter outra forma para pagar e não ter que resgatar e sair com perdas”, esclareceu o economista.

Fonte: NULL

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