Previdência: o problema fica para os estados
Como o Congresso não deve chegar a um acordo para incluir estados e municípios na Reforma da Previdência, os governadores terão que agir para mudar seus sistemas previdenciários. E rápido.
Um estudo do economista Paulo Tafner evidencia os problemas dos governadores.
Nos últimos quatro anos, o déficit previdenciário dos estados disparou e mais que dobrou, em um quadro de crise econômica e arrecadação em queda.
O déficit das aposentadorias dos regimes próprios estaduais será de aproximadamente R$ 144 bilhões neste ano, um crescimento estimado em 137% desde 2015.
No mesmo período, o déficit do regime próprio da União terá crescido, segundo Tafner, cerca 36%, para R$ 98,8 bilhões.
Quando a Reforma da Previdência foi apresentada, o governo federal estimava uma economia de R$ 329,5 bilhões para os estados em dez anos.
A maior parte do alívio nas contas viria justamente da mudança nas regras para servidores públicos.
Agora, esse trabalho terá que ser feito pelos governadores e pelas assembleias legislativas.
Em quatro estados (Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Minas Gerais e Santa Catarina) a situação é mais delicada, porque há mais aposentados e pensionistas do que servidores na ativa.
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