Prestígio dos bancos segue em crescimento
Carlos Matheus com
repórteres do DCI
Em relação aos últimos quatro anos, vem crescendo o prestígio da rede bancária com os empresários. Esta é a principal conclusão que se pode extrair da avaliação que os empresários têm feito a respeito dos bancos. Embora tenha sido registrada uma pequena queda, no último mês, ainda não parece estar sendo revertida uma tendência de crescimento da aprovação que vinha ocorrendo nos últimos dois anos.
Atualmente, sete entre cada dez empresários atribuem notas positivas à rede bancária. Os dados anteriores mostram que não foi sempre assim. Entre 2003 e 2004, a média de aprovação girava em torno de 50%. Foi até mesmo registrada uma pequena queda entre 2003 e 2004. Entretanto, o retrospecto dos últimos dois anos mostra uma clara inversão de tendências entre o que se dizia dos bancos e o que se pensa hoje.
Durante todos estes últimos quatro anos, só cresceram os lucros dos bancos, o que faz supor não terem sido os lucros um fator importante no julgamento que os empresários faziam a respeito dos bancos no período de 2003 a 2004. Em realidade, o julgamento que os empresários faziam neste período a respeito dos lucros da rede bancária estava sendo associado aos benefícios indiretos que auferiam da atual política de juros altos que vem sendo praticada pelos últimos governos.
Até 2004, os bancos estavam sendo considerados os principais agentes desta atual política de juros altos, o que os colocava entre os obstáculos que dificultavam os investimentos e as atividades das empresas. E foi este o motivo pelo qual os empresários passaram a atribuir uma avaliação menos positiva à rede bancária naquele período.
A partir de 2005, os empresários passaram a reduzir a responsabilidade dos bancos por essa política. Mesmo admitindo que os bancos tenham se tornado os principais beneficiários dessa política econômica do atual governo, os empresários já admitem não serem os bancos os seus principais responsáveis.[1]
A rede bancária continuou apresentando lucros cada vez mais expressivos entre 2005 e 2006 e isso passou a ser o principal fator de aumento de seu prestígio entre os empresários, não só devido a um aumento da segurança dos depósitos e aplicações financeiras, como também devido ao aumento da eficiência dos serviços. É inegável que os bancos têm empregado seus lucros para melhorar os seus serviços e para ampliar seus postos de atendimento eletrônico, retribuindo com qualidade à lucratividade que a política econômica lhes tem proporcionado.
Fonte: DCI OnLine