Presidente de sindicato alerta corretores sobre desafios
A corretagem de seguros também está enfrentando os impactos da crise econômica. Os desafios vão desde a alta sinistralidade e o aumento de preços dos seguros até a dificuldade em encontrar mão de obra. Estas e outras questões foram analisadas pelo presidente do Sincor-SP, Boris Ber, durante almoço do Clube dos Corretores de Seguros de São Paulo (CCS-SP), exclusivo para associados, realizado no dia 12 de julho, no Terraço Itália.
No evento, ele também propôs algumas ações para superar os desafios atuais.
Pontos de atenção
Boris Ber apresentou situações que estão afetando o bom desempenho dos corretores de seguros no dia a dia, como a dificuldade com mão de obra qualificada no setor, a alta sinistralidade, o aumento do preço do seguro, o retorno das empresas no pós-pandemia, os obstáculos na aceitação de riscos, os serviços de assistência 24 horas, entre outros.
Em relação à volta das visitas presenciais, a avaliação do presidente do Sincor-SP é que o cliente deseja o reencontro. Também preocupa, segundo ele, o aumento de preços dos seguros e a alta sinistralidade. Entendo que muitas seguradoras tiveram prejuízo, mas como explicar para o cliente o seguro, às vezes, pelo dobro do preço na renovação? Precisamos estar preparados, disse.
A dificuldade atual de colocação de resseguros e a falta de aceitação de riscos por resseguradoras também está impactando a corretagem de seguros.
De acordo com Boris Ber, de um ano para o outro muitas resseguradora deixaram de aceitar alguns riscos, tanto grandes como pequenos. No sindicato, recebemos diariamente pedidos de ajuda dos corretores. Fizemos reuniões com o setor, mas, como estão enfrentando alta sinistralidade, não há solução no curto prazo, afirmou. O problema recorrente no pós-pandemia das falhas na prestação de serviços das assistências 24 horas também entrou para lista de Boris Ber.
As razões para a crise no segmento, segundo ele, vão desde a falência de prestadores de serviços no período da pandemia até a alta do diesel. Creio que em um ano a situação volte ao normal. É uma crise, vai passar, disse. As fusões, aquisições e a venda de carteiras inteiras no segmento das seguradoras estão afetando os negócios dos corretores. Boris Ber observou que a concentração de mercado está exaurindo as opções de seguradoras por segmento. Afunilou. Hoje, o corretor não consegue mais fazer aqueles acordos por resultado de produção e isso preocupa, disse.
Boris Ber garantiu que todos os desafios atuais são tratados como prioridades pelo Sincor-SP, que dispõe, inclusive, de um canal para atendimento, o Disque Sincor, cujo resultado atingiu mais de 70% de resolução. Mas, o corretor, individualmente, pode adotar algumas ações.
Uma delas, segundo o dirigente, é escolher melhor os parceiros e trabalhar com menos seguradoras, dada a dificuldade para acompanhar as condições de cada uma.
Outra medida indicada por Boris Ber é a modernização da corretora. Quem não tiver um cálculo, um modelo de gestão e o controle de sua corretora está com a morte anunciada. Não existe mais espaço para quem não se modernizar, disse.
Também é importante, segundo ele, manter o foco no resultado da corretora. Vale, ainda, prestar atenção nos novos produtos. Não faltam informações nos eventos, jornais e outras mídias, disse.
Fonte: NULL