Economia

Prêmios Nobel de economia dão receita para Brasil assumir protagonismo mundial

Inovação, inclusão e instituições públicas trabalhando em prol dos contribuintes são três dos pilares apontados para que o Brasil seja protagonista da nova economia digital, na visão do norte-americano Paul Michel Romer e pelo britânico James Robinson. Suas exposições na manhã de terça-feira (14), no Grand Hyatt Hotel, em São Paulo, consolidaram o CNC Global Voices como um fórum internacional de debate econômico.

Pela tarde, especialistas brasileiros complementaram as projeções dos estrangeiros com o cenário interno. A taxa recorde de juros das últimas duas décadas, o alto custo de crédito para os diferentes setores econômicos e para a população produtora de riqueza do país.

O economista Paul Michael Romer, vencedor do Prêmio Nobel de Economia de 2018, abriu o evento com uma análise dos desafios e das oportunidades dos países emergentes na economia digital.

Para ele, o Brasil tem condições de se tornar uma potência em inovação aberta, ciência e regulação tecnológica, desde que fortaleça suas instituições públicas e adote políticas firmes contra os monopólios digitais que já se mostraram exploradores de outros países em desenvolvimento.

“O Brasil ainda pode manter o controle sobre o seu futuro digital. Vocês têm talento, diversidade e uma tradição científica que podem inspirar o mundo”, afirmou.

James Robinson defende inclusão inovadora como caminho para o desenvolvimento

“O Brasil está quase na média latino-americana de crescimento anual e foi ultrapassado na última década pela China. Nada disso é destino: não é geografia, nem cultura.” diagnosticou o economista James Robinson, vencedor do Prêmio Nobel de Economia de 2024.

Para romper este padrão, Robinson sugeriu que os países emergentes precisam ampliar a concorrência, coibir monopólios desregulados e incluir mais pessoas no processo inovador.

Com base em perspectiva histórica, Robinson comparou o desempenho latino-americano com o de economias asiáticas, como a Coreia do Sul, que há 60 anos era mais pobre que a maior parte da região e hoje tem padrão de vida equivalente ao europeu.

Os pronunciamentos de abertura foram marcados por apelos à paz, à inovação e ao fortalecimento da livre iniciativa. A segunda edição do evento foi celebrada por todos os presentes como uma oportunidade única de network e aprendizado.

Fonte: CNC

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