Economia

Pontos de atenção na hora de fazer a planilha de gastos

Para quem deseja melhorar o controle sobre o orçamento pessoal, utilizar uma planilha de gastos pode ser de grande ajuda no dia a dia. Atualmente, é muito fácil ter acesso a essa ferramenta, inclusive de forma gratuita.

Mas não basta simplesmente preencher números em um formulário. Para que possamos ver resultados na organização financeira, primeiro é preciso cumprir algumas etapas – e foi sobre isso que o InfoMoney conversou com Clay Gonçalves, planejadora CFP pela Planejar.

1 – Fontes de renda

Para fins de planejamento financeiro, fonte de renda é todo tipo de receita que entra mensalmente no caixa.

Além das principais (salários, honorários, pensões, aposentadorias) muitas pessoas têm fontes de renda extra, como aluguéis ou dividendos de investimentos, por exemplo. E existem valores que deveriam mas, normalmente, não são considerados nesta conta. É o caso de benefícios de quem tem carteira assinada, como vale-refeição, auxílio-alimentação e qualquer outro que faça parte da política da empresa.

“Na hora de fazer uma planilha de gastos, é importante que todos esses benefícios sejam somados à renda. De forma geral, as pessoas tendem a não olhar isso, mas se elas deixarem de contar com essas fontes, as respectivas despesas continuarão acontecendo”, observa Clay Gonçalves.

2 – Despesas

A mesma lógica das receitas vale para as despesas. Ou seja, além dos custos fixos – aluguel, condomínio, luz, internet, celular e outros – existe também o custo de vida variável, como passeios, viagens, restaurantes e tudo o mais que contempla a rotina de lazer.

“Quando estamos construindo o orçamento, não podemos olhar só para os boletos. Todo o custo de nossa vida social deve estar refletido em nosso planejamento financeiro, mesmo que os valores sejam diferentes a cada mês”, diz a especialista.

3 – Cartão de crédito

Segundo Clay, o acompanhamento dos gastos no cartão é um dos pontos que costumam dar trabalho na organização das finanças pessoais . Nesse sentido, ela chama atenção especialmente para a função preditiva que o cartão de crédito pode ter na organização do orçamento.

Para a especialista, o ideal seria acompanhar semanalmente a fatura do cartão, para avaliar se os gastos estão condizentes com o fluxo de caixa. Isso ajuda a determinar um valor saudável para a utilização do limite disponível.

“Não dá para a pessoa esperar pelo fechamento da fatura e, só depois, entender como vai pagar. Olhar semanalmente os gastos ajuda na disciplina financeira, e auxilia no controle do orçamento”, alerta.

Outro ponto importante sobre o cartão de crédito – e que se deve evitar – é utilizá-lo para o pagamento de contas. Isso acaba sendo ainda mais perigoso quando o fluxo de caixa está apertado, pois pode aumentar consideravelmente o endividamento.

“Às vezes, para não usar o saldo da conta (que está baixo) ou o limite, a pessoa paga uma conta com o cartão de crédito, sem pensar na taxa de serviços e nos juros da operação. Essa aparente facilidade pode agravar o aperto financeiro, pois os créditos emergenciais sempre são mais caros ”, alerta Clay.

4 – Parcelamentos

Em algumas situações, parcelar uma compra no cartão de crédito de valor mais alto pode ser uma boa estratégia para aliviar o caixa.

O problema é quando se utiliza o parcelamento para pagar as contas de consumo, como supermercado, combustível, salão de beleza e demais despesas do dia a dia. Segundo Clay, gastos que fazem parte da rotina devem ser pagos à vista, pois fazem parte do custo de vida.

Para a especialista, parcelar essas despesas podem ser um grande risco para o cartão de crédito.

Fonte: Infomoney

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