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Planos de autogestão se juntam para comprar serviços médicos

O Valor Econômico relata que a fim de tentar reduzir seus custos operacionais, as operadoras de planos de saúde de autogestão, modalidade administrada diretamente pelas empresas, estão se movimentando para adquirir serviços médicos em conjunto.

“Criamos uma plataforma compartilhada de compras. Já temos 20 prestadores de serviço de atenção primária, segunda opinião, auditoria médica e compartilhamento de rede”, disse Anderson Mendes, presidente da Unidas, associação que reúne os planos de saúde de autogestão. No total, há 120 operadoras que atuam nesse formato e que atendem 4,7 milhões de pessoas. São funcionários e dependentes de empresas como Petrobras, Banco do Brasil, Correios, Fiat, entre outras que gerem o próprio convênio médico.

Segundo Mendes, a contratação conjunta dos serviços pode gerar uma economia de até 30% para as operadoras. Entre as empresas de prestação de serviço cadastradas na plataforma da Unidas estão Amparo, Qualirede e Clínica Doc, que trabalham com atenção primária.

As empresas que oferecem seus serviços para as operadoras vão ter que divulgar seus indicadores na própria plataforma. “A ideia é mostrar quem conseguiu os melhores resultados. Vamos nos basear em indicadores internacionais”, disse Mendes. Entre esses índices estão, por exemplo, taxas de internação, consultas com médicos especialistas ou em pronto socorro de pacientes com doenças crônicas. Ele afirma que se esses pacientes forem acompanhados por um médico de família esses indicadores tendem a cair. “Nosso objetivo é começar a mostrar os indicadores no segundo semestre do próximo ano”, acrescentou.

A taxa de sinistralidade dos usuários de planos de autogestão é uma das mais altas do setor, gira na casa de 95%, sendo que a média do mercado é de 85%. Um dos motivos para esse percentual acima da média é a grande presença de usuários com mais de 59 anos. Do total de pessoas com planos de saúde de autogestão, 27,2% estão na última faixa etária de cobertura. O público com até 18 anos representa 17,5%.

Isso ocorre porque muitas empresas que trabalham com planos de autogestão concedem o benefício a aposentados e dependentes indiretos. Essa prática vem mudando nos últimos anos, mas ainda há um continente grande de usuários com plano nessas condições. Em 2018, as operadoras de autogestão tiveram déficit de cerca de R$ 1 bilhão. As receitas somaram R$ 23,6 bilhões e as despesas totais atingiram R$ 24,5 bilhões.

Fonte: NULL

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