Piora do prejuízo do IRB mostra cenário desafiador
O IRB Brasil anunciou que teve prejuízo líquido de R$ 164,7 milhões em agosto, ante lucro de R$ 84,8 milhões um ano antes, quando foi favorecido pelo ganho de ação judicial referente ao PIS/Pasep. Nesta segunda-feira (24), os ativos IRBR3 caíam 5,66%, a R$ 1, por volta das 10h25 (horário de Brasília).
A atribulada companhia, que nos últimos anos tenta superar os efeitos de um escândalo de fraude, neste ano teve que fazer uma oferta de ações para levantar cerca de R$ 1,2 bilhão para atender requerimentos mínimos de capital devido a novos prejuízos, desta vez ligados a sinistros com a quebra de safra.
Com as perdas de agosto, o prejuízo líquido do IRB nos oito primeiros meses de 2022 chegou a R$ 516,4 milhões, ante prejuízo de R$ 168,9 milhões no mesmo período de 2021.
Em agosto, os prêmios de resseguros emitidos pelo IRB totalizaram R$ 524,9 milhões, queda de 30,1% ante mesmo mês de 2021, com diminuição de 16,2% no Brasil e de 51,3% no exterior.
A despesa da empresa com sinistros somou R$ 633,7 milhões, 18,8% superior a de um ano antes, com índice de sinistralidade de 145%.
Nos oito primeiros meses de 2022, os prêmios emitidos atingiram R$ 5,56 bilhões, queda de 7,4% no comparativo anual, enquanto a despesa com sinistros somou R$ 3,77 bilhões, 1,8% maior frente a igual período do ano passado, com índice de sinistralidade de 107,2%.
O JPMorgan destacou que o IRB registrou uma piora do seu prejuízo, passando de R$ 59 milhões em julho para quase R$ 165 milhões em agosto. Particularmente, a sinistralidade ficou muito alta de 145%, piorando contra 91% no mês passado.
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