Petróleo impulsiona garantia contratual
Alavancado pelos investimentos públicos e privados em concessões de rodovias federais, no setor elétrico, agronegócio, óleo e gás, além da explosão da demanda por coberturas nas áreas judicial e aduaneira, o seguro de garantia contratual está perto de movimentar anualmente faturamento de prêmios na casa de R$ 1 bilhão, segundo avaliação do vice-presidente da J. Malucelli Seguradora, Alexandre Malucelli.
– A receita apurada nesse segmento passou de R$ 195 milhões em 2006 para R$ 346 milhões em 2007, um crescimento de 77%. Comparando os meses de janeiro a julho de 2008 ao mesmo período do ano passado verifica-se um salto de R$ 139 milhões para R$ 239 milhões, com incremento de 71,8%. Seguindo os atuais níveis de crescimento, o mercado de seguro-garantia atingirá aproximadamente R$ 1 bilhão de prêmios provavelmente já em 2010 – afirmou Alexandre Malucelli, no Rio de Janeiro, onde participou de um seminário sobre o assunto organizada pela Câmara Britânica de Comércio de Indústria no Brasil (Britcham).
O executivo disse que, embora o setor elétrico tenha sido a mola propulsora para o seguro-garantia, hoje a aposta das seguradoras está concentrada no segmento naval. É um setor, segundo ele, que começa a despontar, a reboque de fatos como o incremento da indústria petrolífera, movimento que deve se consolidar e até se acelerar nos próximos anos, com a produção de petróleo e gás, na camada pré-sal.
PIB. O crescimento da carteira de garantia contratual, não opinião de Alexandre Malucelli, também está intimamente ligado à evolução do Produto Interno Bruto (PIB). Ele lembrou que, nos últimos anos, a taxa de crescimento do mercado de seguro foi igual 1,8 vezes o crescimento do PIB. O mercado de seguro-garantia tem mostrado taxa de crescimento quatro vezes superior à do PIB brasileiro, sustentou.
Ele destacou que esse cenário favorece a J. Malucelli, que, segundo a Superintendência de Seguros Privados (Susep), é a empresa líder nesse segmento no mercado brasileiro.
No primeiro semestre, a seguradora faturou mais de R$ 110 milhões com as vendas de apólices, resultando em um crescimento superior a 34% em relação à igual período do ano anterior. Dados da Susep indicavam até julho participação de 42,4% da empresa no market share do segmento de garantia.
Alexandre Malucelli observou ainda que, no Brasil, as modalidades mais importantes ainda estão relacionadas com contratos públicos e privados, nas áreas de obrigações e concessões. Garantias judiciais têm apresentado um enorme crescimento devido a novas regras na área judicial e as possibilidades de emissões de apólices com final de vigência (até três anos).
Fonte: Jornal do Commercio