Petrobras nega repassar alta de curto prazo do petróleo
O diretor financeiro da Petrobras, Almir Barbassa, reafirmou nesta terça-feira a política da empresa de não repassar para os preços do diesel e da gasolina a volatilidade do barril do petróleo no mercado internacional. Durante teleconferência com analistas, ele foi indagado sobre a possibilidade de haver ou não um reajuste dos dois combustíveis ainda em 2011. “Estamos analisando dia a dia. Os preços no mercado internacional estão altos por conta dos conflitos. Se confirmado o patamar, ou seja, se os preços mais altos permanecerem no longo prazo, teremos que fazer o reajuste”, comentou Barbassa.
Alta dos preços Os conflitos internacionais e a alta das commodities têm impulsionado as cotações do petróleo no mundo todo. A Petrobras tem conseguido absorver a elevação e não aumentar preços da gasolina. No entanto, no Brasil, o etanol acaba sendo o principal fator de subida nos preços dos combustíveis. Na entressafra da cana, a produção cai e os preços sobem. Há também o agravante do aumento do preço do açúcar no mercado internacional, que faz com que as usinas priorizem a produção do alimento, em vez do álcool. Para interferir também neste mercado, a Petrobras recentemente anunciou que irá aumentar sua produção de etanol de 5% para 15% do total produzido pelo país, em apenas quatro anos o que daria à empresa a capacidade de regular o preço.
Para tentar conter a tendência de alta do custo dos combustíveis, a BR Distribuidora, a mando do Palácio do Planalto, anunciou na última semana que irá reduzir em 6% o preço da gasolina e 13% o preço do etanol nos postos brasileiros.
Fonte: Veja.com