Saúde

Pesquisa: apenas 36% dos brasileiros mantêm uma rotina de exercícios físicos

O Grupo Bradesco Seguros divulgou a nova edição do Indicador de Longevidade Pessoal (ILP), levantamento realizado pela Edelman, com metodologia desenvolvida em parceria com o Instituto Locomotiva e o gerontólogo Alexandre Kalache. Criado em 2024, o ILP é uma ferramenta inédita que analisa 31 variáveis distribuídas em seis pilares — saúde física, saúde mental, saúde social, saúde ambiental, prevenção e finanças — e oferece um retrato abrangente de como o brasileiro percebe e se prepara para viver mais e melhor.

A rodada de 2025 ouviu 4.400 pessoas de todas as regiões do país, tornando-se a maior base de dados individuais sobre longevidade no Brasil. O estudo registrou uma pontuação média nacional de 61 pontos, o que indica um bom nível de consciência sobre o tema, mas revela desafios importantes na prática cotidiana do envelhecer com qualidade.

“O alto nível de interesse pelo tema mostra que estamos diante de uma sociedade cada vez mais consciente e engajada com a ideia de envelhecer bem. Sabemos que longevidade vai muito além da genética – depende, sobretudo, das escolhas que fazemos ao longo da vida”, afirma Alexandre Nogueira, diretor de Marketing do Grupo Bradesco Seguros.

De acordo com o estudo, 84% dos brasileiros consideram a longevidade uma prioridade, e 78% buscam frequentemente novas habilidades e conhecimentos — índice que sobe para 85% entre os que têm mais de 50 anos. Apesar disso, apenas 36% mantêm uma rotina regular de exercícios físicos de quatro dias ou mais por semana, e 45% só procuram atendimento médico diante de sintomas, revelando um comportamento ainda reativo em relação à prevenção.

O pilar de saúde mental alcançou 56 pontos, um dos mais baixos do indicador, mostrando que o equilíbrio emocional é um desafio sobretudo entre os mais jovens. Em contraste, o grupo 50+ demonstra maior satisfação pessoal e reconhecimento da importância de cuidar da mente: 98% afirmam que a saúde emocional contribui diretamente para a longevidade. “A longevidade é um processo multifatorial, que envolve o equilíbrio físico, mental, social e ambiental. A rodada do ILP de 2025 demonstrou que, apesar do interesse pelo tema, o principal desafio está em transformar informação em hábito, integrando prevenção, propósito e planejamento financeiro desde a juventude”, completa Nogueira.

O pilar financeiro apresentou a menor pontuação média do estudo, com 47 pontos. Mais da metade da população (55%) gasta acima da renda, e dois em cada três brasileiros não possuem reserva para a aposentadoria. Mesmo entre os que têm mais de 50 anos, apenas 41% mantêm algum tipo de fundo previdenciário. Esses resultados evidenciam a dificuldade do brasileiro em conectar o planejamento financeiro ao projeto de uma vida longa e estável. “Identificar avanços e reconhecer lacunas é fundamental para orientar ações consistentes em favor de um envelhecimento saudável e ativo”, diz o executivo.

O levantamento também traz nuances importantes sobre a percepção de bem-estar e autoestima entre os brasileiros. Apenas quatro em cada dez pessoas afirmam sentir-se plenamente bem consigo mesmas – um índice ainda menor entre as mulheres (39%), em comparação aos homens (46%). A satisfação pessoal, no entanto, tende a crescer com a idade: entre os participantes com 50 anos ou mais, 56% dizem estar bastante ou extremamente satisfeitos com quem são, enquanto entre os jovens de 18 a 29 anos esse número cai para 36%. Quando o assunto são os laços sociais, o cenário é mais positivo: 58% dos entrevistados declaram estar satisfeitos com seus relacionamentos pessoais, incluindo amigos, familiares, colegas e conhecidos.

O levantamento também destacou diferenças expressivas entre os estados. São Paulo (64 pontos) e Rio de Janeiro (63 pontos) superaram a média nacional, impulsionados pelos bons índices em saúde física e prevenção — 81% dos paulistas buscam informações sobre exames preventivos e 73% mantêm rotina de exercícios. No outro extremo, o Paraná (59 pontos) apresentou os menores índices, especialmente nos pilares de saúde mental e finanças pessoais.

Para o Grupo Bradesco Seguros, o ILP é mais do que uma pesquisa: é um instrumento de mobilização social. Ao medir comportamentos e percepções, o indicador busca estimular o planejamento da longevidade como prática coletiva — começando pela educação das gerações mais jovens. “Embora o ILP seja, por definição, um indicador pessoal, sua aplicação em larga escala oferece uma visão valiosa sobre como estamos, enquanto sociedade, lidando com os desafios e oportunidades de viver mais e melhor”, conclui Nogueira.

Fonte: Bradesco Seguros

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