Parceria busca promover segurança, dignidade e direitos de mulheres trans e travestis
O compromisso do Ministério das Mulheres em assegurar maior participação das mulheres trans e travestis na esfera política e pública foi reforçado, nesta terça-feira (28), por meio da assinatura de um Acordo de Cooperação Técnica (ACT) com a Associação Nacional de Travestis e Transexuais (Antra). O termo prevê ações conjuntas para o levantamento e compartilhamento de dados deste grupo a fim de promover cidadania e subsidiar a construção de políticas públicas para as mulheres transexuais, travestis e suas interseccionalidades.
“O enfrentamento das desigualdades históricas que ainda afetam de forma violenta as mulheres trans e travestis no Brasil é um compromisso do Governo Federal. Essa parceria visa promover a cidadania, a segurança e os direitos delas. Com isso, fortalecer a democracia, garantindo uma vida digna para todas”, destacou a ministra das Mulheres, Cida Gonçalves.
Firmado no âmbito da Secretaria Nacional de Articulação Institucional, Ações Temáticas e Participação Política (Senatp), do Ministério das Mulheres, o ACT prioriza o fortalecimento da parceria com a Antra na intenção de desenvolver políticas com base em dados concretos e diálogo direto com as principais envolvidas. Entre as ações iniciais está a produção de materiais informativos para o enfrentamento à transfobia.
Participaram da cerimônia de assinatura, realizada às vésperas do Dia Nacional da Visibilidade Trans, celebrado em 29 de janeiro desde 2004, a presidenta da Antra, Bruna Benevides, e a presidenta de honra e a secretária, Keila Simpson e Yara Cavalcante; a deputada estadual por Sergipe Linda Brasil e a vereadora de Belo Horizonte Juhlia Santos.
Antra
A rede da Associação Nacional de Travestis e Transexuais (Antra), em atividade desde 1993, conta com 127 instituições que desenvolvem ações para promover a cidadania da população travesti e transexual. A entidade também produz dossiês anuais com dados compilados sobre assassinatos e violências contra elas.
Na oportunidade, foi divulgada a 8ª edição do Dossiê: Assassinatos e Violências contra Travestis e Transexuais Brasileiras – referentes ao ano de 2024, elaborada pela Antra. A edição apontou que pelo menos 122 pessoas trans foram assassinadas e 97% eram travestis e mulheres trans, com maioria negra e idade entre 15 e 29 anos.
Fonte: Gov.br