Paranaense reduz quantidade de comida e emagrece 30 kg
A estudante de engenharia ambiental Juliana Mantovani, de 32 anos, passou de 103 kg para 73 kg em 8 meses. Para chegar a esse peso, ela não abandonou nenhum alimento específico: apenas reduziu o tamanho das porções. Tudo o que tem na mesa eu pego, mas uma pequena porção de cada coisa. Então não deixei de comer nada, diz. A única coisa que eliminou totalmente foi a cerveja, que costumava tomar uma vez por semana.
A paranaense de Maringá ganhou um pouco de peso em suas duas gestações, aos 23 e 26 anos. Mas chegou ao peso máximo quando começou a fazer faculdade à noite, aos 28 anos. Passei a me alimentar mal. Chegava em casa às 23h, jantava uma pratada ou comia um lanche e ia dormir. Ela costumava fazer duas grandes refeições por dia e ficar longos períodos em jejum. No fundo, sabia que estava obesa, mas não me via assim.
Em março deste ano, teve uma dor de estômago muito forte e ficou com dificuldade para comer durante um tempo. Por causa da situação, emagreceu 10 kg.
Depois que se recuperou, resolveu tornar seus hábitos alimentares mais saudáveis e passar a comer de três em três horas. A seu favor, ela tinha o fato de gostar de verduras, legumes e frutas e não ligar muito para doces.
Uma mudança drástica que decidiu foi diminuir a quantidade de comida para cerca de ¼ do que costumava comer. Ela conta que comia muito mais do que precisava. Agora, almoço no horário certo e como menos porque já comi no meio da manhã. Termino de comer e saio de perto das panelas porque se você fica na mesa, vai acabar beliscando.
Com a mudança de dieta, seu peso foi diminuindo pelo menos 1 kg por semana. Hoje, com 73 kg, está satisfeita com seu corpo. Suas formas mudaram tanto que a costureira teve que ajustar suas roupas várias vezes desde o começo da dieta. Tenho uma costureira ótima e ela comprou essa briga comigo. Tinha comprado várias roupas recentemente, em fevereiro, então ela foi ajustando.
Há um mês, Juliana começou a fazer caminhadas de uma hora. Antes, era totalmente sedentária. Com 30 kg a menos, tem muito mais disposição tanto para as atividades físicas quanto para os estudos.
Juliana diz que quem a vê tão mais magra pergunta se ela fez cirurgia bariátrica ou se está tomando remédio. Segundo ela, as pessoas não acreditam quando conta que só mudou a alimentação. “Não é fácil ser gordo, mas também não é fácil ser ex-gordo. As pessoas têm muito preconceito”, diz.
Ela conta que só a família, que acompanhou de perto sua mudança, reconhece o esforço que teve que fazer para mudar de vida. É difícil, muitas vezes tive vontade de comer mais. A cabeça de gordinha é complicada. Mas cansei de ser ponto de referência e mudei a minha cabeça.
Fonte: G1