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Paquistão Mostra Viabilidade de Microsseguro Voltado para Saúde Suplementar

O mercado de saúde suplementar, com ênfase para seu crescimento sustentável, foi o tema discutido em um dos painéis do 48º Seminário Anual do IIS, nesta terça-feira, segundo dia do encontro que se encerra hoje no Hotel Sofitel, em Copacabana, Rio de Janeiro. Coube a Yi Yao, especialista de Ciências Atuariais da Universidade de Wisconsin, em Madison, nos Estados Unidos, apresentar o case do microsseguro de saúde no Paquistão, apresentando dados como índice de renovação das apólices e as principais coberturas oferecidas.Em sua pesquisa, ela utilizou dados da agência Aga Khan para Microfinanças (AKAM), a agência criada no norte do Paquistão em 2007, ano em que a população do país teve acesso, pela primeira vez, ao seguro saúde, com custo de 400 rúpias mensais, o correspondente a US$ 5. Nesta modalidade de microsseguro, a internação hospitalar e o seguro de vida para chefes de família são duas das opções oferecidas pelo mercado. A agência conta com uma rede de três hospitais e oferece cobertura para 16 mil casas. A taxa de sinistro é de 1,97%.
Segundo o estudo, a taxa de novos segurados no Paquistão é de 0,69, com pagamento médio de indenização de 3.233 rúpias. A frequência de renovação da apólice pela primeira vez é de 0.66 e de 0.57 da segunda vez.
Em 2008, o índice de pessoas que sofreram sinistros e que tinham a intenção de cancelar a apólice de seguro era de 1,5, enquanto a intenção de renovação era de 2,25. No entanto, em 2009, o índice de renovação oficial foi de 1,47. Portanto, aqueles que renovaram não representam necessariamente um alto risco , explicou Yi.
A pesquisa mostrou também que as famílias que solicitaram indenizações têm 13% a mais de chances de renovar a apólice do que as que não sofreram infortúnios. O tamanho da família e a presença de idosos em casa contribuem para a renovação. A cada mil rúpias de pedido de indenização, a chance de renovação do seguro aumenta 1%. Isso demonstra que os lares que renovaram a apólice tinham uma taxa de sinistro maior, o que geralmente representa um custo inicial para os microsseguradores. Com a tendência para renovação, as taxas melhoram e se estabilizam, mostrando a possibilidade de oferecer um programa de microsseguros sustentável , explicou a pesquisadora.
Diretor da Argo International e orientador da estudante na pesquisa, Tony Cabot afirmou a importância dos resultados. Estamos acostumados a reagir em relação aos dados de mercado, mas a pesquisa mostra que agir em um primeiro momento seria errado. As premissas vão ficando melhores com a renovação a cada ano , explicou.
Cabot lembrou ainda que é preciso compreender o funcionamento do seguro em cada região, levando em conta as suas especificidades. Entender a capacidade do sistema de saúde local reduz a tensão no serviço médico oferecido. O desafio é imenso, mas precisamos sair da zona de conforto .

Fonte: Revista Seguro Total

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