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Os seguros e as catástrofes

Um assunto de grande importância tem tomado as atenções dos cidadãos de nossa região, os seguros. Após toda essa tragédia, é hora de reconstruirmos nossas cidades, nossas casas e nossas empresas. Uma pequena parte delas será reerguida com o ressarcimento de apólices securitárias. Apólices estas que tiveram contratadas as coberturas de alagamento/inundação, ou em outros casos, a cobertura de desmoronamento. Mas e as apólices de seguros que não tinham essas coberturas, serão ressarcidas? Tecnicamente, não. Os riscos patrimoniais são contratados por coberturas, e o cliente, devidamente bem assessorado por seu corretor, escolhe quais riscos deseja segurar.
Porém, o que veremos a partir de agora será uma avalanche de processos judiciais. Indenizações sendo solicitadas por riscos não- cobertos. E algumas indenizações sendo pagas, não por força de contrato, mas por sensibilidade jurídica, ou por filantropia.
Mas de quem é a culpa? Do segurado que não conhece seus riscos? Do corretor que não lhes oferece estas coberturas? Ou do mercado de seguros, onde muitas seguradoras praticamente aboliram esses riscos de suas apólices, e as que ainda operam, limitam a indenização em um pequeno percentual do valor total do imóvel?
Pouco importa. O que temos que discutir neste momento é o nosso futuro. Os investimentos só são feitos com garantias. O mercado de seguros existe, dentre outras coisas, para proteger estes investimentos, as construções de casas, empresas e escolas. E se vivemos em uma região (assim como outras pelo Brasil) onde esses riscos acontecem, eles deverão estar cobertos na própria garantia básica. Isso já acontece em qualquer país onde as instituições são mais evoluídas. Nossa sociedade terá que se mobilizar, enfrentar preconceitos raizados neste mercado e exigir que estes riscos sejam cobrados e administrados pelas seguradoras, sem seleção. Ou então, rezemos para que uma tragédia dessas nunca mais aconteça.

Fonte: Jornal de Santa Catarina

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