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Operadoras de saúde consideram reajuste de 8,89% muito baixo

A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), que regula a assistência Médica no Brasil, fixou na última sexta-feira em 8,89% o reajuste máximo para os planos de saúde individuais. Esse aumento é válido apenas para os contratos novos, firmados a partir de 1999. De acordo com a ANS, esses novos valores irão atingir 14% dos beneficiários, cerca de 6 milhões de pessoas.
O teto de reajuste caiu em relação ao valor estabelecido no ano passado, que foi de 11,69%.Essa nova porcentagem não foi bem aceita por algumas das operados nacionais.A Unimed Brasil , empresa que atende 13 milhões de clientes, discorda dos valores apresentados pela ANS. “A inflação médica é superior aos índices gerais. Na nossa área se investe em tecnologia, novos equipamentos, novas terapias. Isso têm um custo muito maior”, explica Celso Barros, presidente da Unimed.
Segundo Barros, os custos da empresa em 2005 aumentaram cerca de 20% e por isso o reajuste deveria ser maior. “Nós esperávamos um aumento na casa dos 10%, como no ano passado. Mas o ideal para podermos balancear os custos seria um teto em torno dos 16%”, conclui. Para a SulAmérica Saúde, que espera crescer 15% neste ano, esse percentual também ficou aquém do necessário. “Esse reajuste é insuficiente para o restabelecimento do equilíbrio econômico dos contratos”, conta João Alceu, vice-presidente da seguradora.
Outro questionamento feito pelas operadoras é quanto à forma como é calculado o reajuste. O presidente da Unimed acredita que a ANS deveria avaliar as planilhas de custos das operadoras individualmente, pois cada uma tem custos diferentes, e não há como manter um reajuste em conjunto para as operadoras. A SulAmérica pensa da mesma forma. “O critério atual beneficia empresas que operam em áreas menores ou com tipos de produtos onde os custos médicos são mais baixos”, avalia Alceu.
No entanto, ambas as operadoras afirmam que o associado não será prejudicado. A SulAmérica confirma que caso os prêmios sejam pagos regularmente, não há motivos para preocupação. Já a Unimed diz que vai trabalhar internamente para buscar formas de redução de custos.
O novo índice de 8,89% deverá ser aplicado nos planos que têm data-base entre maio de 2006 e abril de 2007. Ele deve ser feito na data de aniversário dos contratos e tem validade para os 12 meses seguintes.

Fonte: CORREIO DA PARAÍBA

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