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Oi prepara ofensiva no mercado paulista

A Oi, ex-Telemar, vai entrar para valer em São Paulo. A empresa que já atende clientes empresariais de telefonia fixa prepara-se para lançar serviço de telefonia celular no primeiro semestre de 2008.
Nos próximos quinze dias a empresa abre a chamada para contratação de fornecedores da infra-estrutura, como centrais, controladoras, rádios e os responsáveis pela obra civil. Poderão ser escolhidos um único ou mais de um fornecedor. A expectativa é que participem Nokia Siemens, Ericsson, Huawei, Alcatel Lucent, entre outros.
Os novos planos da Oi foram anunciados pelo presidente da companhia, Luiz Eduardo Falco, aos nove mil empregados, em comunicado enviado na segunda-feira. Ele disse que o momento é de “um passo ousado”, de ampliar o leque de serviços.
Amanhã a Oi estará lançando o serviço de televisão pelo celular e também de IPTV, a TV pelo protocolo da internet. Vai oferecer vídeos sob demanda no início do próximo ano, começando pelo Rio de Janeiro para paulatinamente ir chegando aos demais 13 Estados de concessão da companhia.
No comunicado, Falco diz ainda que haverá movimentação de pessoal priorizando promoções da equipe da casa, mas há expectativa de contratações no mercado. Estima-se que sejam abertas cerca de 40 novas posições de comando, a maioria em São Paulo, para uma filial que será montada na capital paulista.
Quem estará à frente da chamada internamente de “operação São Paulo” será Roderlei Generali. Ele ocupava a diretoria do mercado corporativo, que deixa de existir. O diretor de varejo, João Silveira, passa a ocupar as duas funções. Mas serão criados novos cargos na estrutura ligada a Silveira, diretores ou gerentes divididos por área de atuação.
A empresa já tem escritório na capital paulista para atender os clientes empresariais que utilizam a rede da Pégasus, empresa controlada pela Andrade Gutierrez que em 2002 foi comprada pela então Telemar. E com a telefonia celular a empresa abre chances de melhor se posicionar no mercado paulista. Caso haja a fusão com a Brasil Telecom, as duas operadoras juntas passam a ter presença nacional.
Além disso, São Paulo tem uma dissonância na telefonia celular brasileira. O Estado com maior participação no PIB conta com menos operadoras de telefonia celular que o Rio de Janeiro, por exemplo. Hoje são três: TIM, Claro, Vivo embora exista a promessa da Unicel atuar para a Grande São Paulo. No território fluminense desde 2002 são quatro, as mesmas três e também a Oi.
A contratação de infra-estrutura pela Oi está mexendo com o mercado. Alguns fornecedores ouvidos pelo Valor informaram que vão preparar a proposta incluindo equipamentos de terceira geração da telefonia celular (3G). As licenças para 3G não foram ainda leiloadas. A Oi só tem freqüência, comprada em setembro por R$ 170 milhões, para implantar rede GSM.
Mas a aposta é de que a Oi vai entrar praticamente ao mesmo tempo com as duas tecnologias no mercado paulista porque a companhia já anunciou que vai disputar o leilão de 3G. Segundo o edital divulgado pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), Amazonas e São Paulo estão na mesma licença. Como a Oi atua no Norte do país, vai brigar pela licença.

Fonte: Valor

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