O que esperar das gerações Y e Z no mercado de trabalho
Os líderes, que aos
poucos tentam se acostumar com a Geração Y e, mais recentemente, a Geração Z que
já começa a chegar ao mercado de trabalho, sentem as diferenças desses novos
profissionais que são mais difíceis de impressionar. Objetivos, rápidos,
conectados e multifuncionais. Esses jovens são conhecidos pela capacidade de ver
televisão e ler um livro ao mesmo tempo.
Os dedos frenéticos
enviando mensagens, editando fotos no celular e o constante uso de fones de
ouvido, seja para ver vídeos no Youtube ou curtir suas músicas favoritas, são
características que facilitam sua identificação. Sempre em meio aos computadores
e acostumados ao lançamento de novas tecnologias a cada mês, são muito críticos
e possuem conhecimento técnico apurado.
Têm como
características marcantes à ansiedade e o silêncio, são impacientes com gestores
muito didáticos, gostam de ser desafiados e necessitam constantemente de
feedback. Ligados às redes sociais, são sempre os primeiros a saber de tudo. A
interação das redes e sensação de proximidade que elas indicam refletem no
mercado de trabalho desmistificando da imagem do chefe e faz com que as gerações
Y e Z não tenham medo de polemizar e contestar
decisões.
Os programas de
retenção de talentos devem ser adequados para a chegada desses colaboradores que
exigem gestores dispostos a adaptar-se e conseguir extrair o melhor deles. Além
dos benefícios e da flexibilidade que os jovens demandam, o computador deles
precisa ser moderno e, sobretudo, rápido.
Prender a atenção
desse profissional, será um exercício constante de inovação. Além de compreender
sua habilidade de desempenhar diversas tarefas simultaneamente e entender que
eles não deixarão de ser eficientes por causa de seus celulares, redes ou fones
de ouvido, é preciso muita objetividade, metas e desafios consistentes.
O gestor terá mais
sucesso e será admirado se souber ouvir, for acessível e bem informado
apresentando sempre números e dados complementares. Pois ao contrário do que se
pensa, esses jovens gostam de aprofundar seus conhecimentos.
Dentro da liderança
moderna um dos maiores desafios é integrar os novos colaboradores às equipes,
pois podem existir conflitos entre esses jovens e a Geração X, dos nascidos
entre 1965 e 1977, ou dos Baby Boomers, nascidos até 1964. É preciso criar
formas de valorizar o respeito e da troca de conhecimento entre essas
gerações.
O líder precisa
estar preparado para lidar com todos os perfis profissionais. Como um maestro
comanda uma orquestra com os diferentes instrumentos resultando em uma música
harmoniosa, o executivo é desafiado a reger esse mix de gerações atendendo e
aproveitando o que cada uma delas têm de melhor. Essa convivência saudável
proporcionará crescimento para as empresas e para seus colaboradores que se
sentirão valorizados e reconhecidos em suas individualidades.
Acacio Queiroz, presidente & CEO da Chubb Seguros
Fonte: Revista Cobertura
