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O futuro para além dos fundos de previdência

Cada vez mais brasileiros se preocupam com uma aposentadoria tranqüila. Muitos têm diversificado os investimentos a médio e longo prazos, segundo especialistas. Além dos planos de previdência privada complementar, que crescem a taxas de 25% ao ano no país, o investimento em ações, fundos de investimento e imóveis aparecem como alternativas de quem busca maiores ganhos na terceira idade, para somar ao benefício do INSS.
Analistas ressaltam que a diversificação dos investimentos depende do perfil do aplicador. O mais indicado é direcionar 25% do que é poupado mensalmente para os planos de previdência. Ou seja, se a pessoa reserva R$ 200 por mês, cerca de R$ 50 devem ir para os planos de aposentadoria. O restante (75% ou R$ 150, por exemplo) pode ser investido em fundos DIs e em ações de blue chips, papéis de empresas de grande porte que têm forte liquidez na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa).
– Observar o perfil do investidor é fundamental. Se gosta de correr risco, pode destinar parte maior para o mercado de ações. Se é mais conservador, fundos de investimento merecem atenção. É preciso pesquisar as taxas de administração – diz Fábio Colombo, administrador de investimentos.
Planos com ações detêm 8,5% do mercado
Entre as opções mais conservadoras, os fundos DIs aparecem como melhor opção em relação aos de renda fixa, pois sofrem menos em períodos de instabilidade, afirma Colombo:
– As taxas de administração dos DIs são menores em relação aos de renda fixa, por isso aparecem como uma melhor opção a longo prazo. Mas o brasileiro está pegando gosto pelo risco e, por isso, as aplicações mais agressivas estão crescendo.
De acordo com a Federação Nacional de Previdência Privada e Vida (FenaPrevi), os planos de aposentadoria com aplicação em ações negociadas na Bovespa foram responsáveis por 35% da captação líquida (depósitos menos retiradas) este ano. Os planos, considerados mais agressivos, já respondem por 8,55% do total. Segundo Renato Russo, diretor da instituição e da SulAmérica, há uma maior conscientização para o futuro com o aumento da expectativa de vida no país – o estudo Tábuas Completas de Mortalidade, divulgado pelo IBGE na semana passada, mostra que a expectativa de vida no país no ano passado era de 72,3 anos, contra 54,6 anos em 1960:
– O mercado tem criado novos produtos. Além dos modelos tradicionais, que só aplicam em renda fixa, é possível aderir a planos com investimentos de até 49% em ações. Estamos estudando a criação do Plano Saúde e Educação, que terá incentivo fiscal e será voltado para o pagamento de estudos e de despesas médicas. Analistas ainda destacaram o investimento em imóveis. No entanto, só deve-se comprar unidades, para ganhar com a renda do aluguel, quando o total de reservas já é substancial.
O publicitário Ronaldo Conde, sócio da agência 11/21, de 57 anos, começou um plano de previdência privada há dez anos e não quis perder tempo com os filhos pequenos:
– Decidi começar com a previdência.
Mas a diversificação é essencial para garantir um futuro melhor para meus filhos. Agora, penso em aplicar em ações e em fundos de investimento.
É essencial analisar tributação, diz especialista

Fonte: O Globo

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