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Novos produtos em meio ao caos

No turbilhão social e econômico provocado pela pandemia do vírus respiratório da covid-19, cada segmento do mundo dos seguros precisa encarar as próprias peculiaridades. No turismo, por exemplo, o desafio é enorme diante da paralisação absoluta. Produtos de viagem, normalmente com apólices de curta duração, sumiram.

Mas, mesmo diante da incerteza e da instabilidade, especialistas consultados pelo Estadão prospectam novas soluções.

‘Em nossa força tarefa temos mapeado produtos inovadores que surgem na Europa e nos Estados Unidos e que podem chegar ao Brasil’, diz Eduardo Takahashi, vice-presidente executivo de Commercial Risk da Aon Brasil, consultoria em gestão de riscos e seguros. ‘Eles [os novos produtos] estão atrelados a preocupações que envolvem, por exemplo, as interrupções de negócios por causa da covid-19 e até mesmo o risco climático.’

Segundo Takahashi, há tentativas de, com base na modelagem de dados, inferir se existe mais ou menos probabilidade de uma pessoa pegar a doença causada pelo novo coronavírus, a depender de informações como a região em que vive e se pratica algum tipo de isolamento.

Produtos ligados ao risco de vida e de acidentes podem atrair mais interessados no pós-pandemia, porque a crise demonstra que prevenção é fundamental. É nesse contexto que a seguradora MAG pretende lançar em breve tipos de seguro ainda inéditos no Brasil. Um deles é voltado para os idosos que agora passam mais tempo em casa: se sofrer qualquer tipo de acidente doméstico, o indivíduo estará seguro e com acesso à saúde.

Previdência Segmento do mercado de seguros que mais cresceu na comparação entre 2018 e 2019, segundo a CNseg (Confederação Nacional das Seguradoras), a previdência encontra nos economistas praticamente uma única recomendação para os investidores preocupados com prejuízo: como se trata de um investimento a longo prazo â e apesar do derretimento dos mercados por causa da crise â, o melhor a fazer é ter tranquilidade e não realizar as perdas agora. Conversar com o analista do plano para tentar adequar o perfil de risco pode ser uma boa saída.

Ainda é cedo Segundo Takahashi, uma análise mais profunda mostra que os negócios estão funcionando. ‘É um setor bem preparado tecnologicamente e que não sofreu uma disrupção importante. O impacto tende a ser maior nas pequenas e médias empresas, que correm o risco de fechar e de não conseguir pagar os seguros. Mas nas grandes corporações está rodando normal’, afirma o analista.

Saúde, varejo, logística, transporte, expectativa de vida, empregos. Tudo, praticamente, interfere na questão dos seguros. Por isso ainda é cedo para determinar o real impacto da crise sobre o setor e, principalmente, dentro de cada segmento. ‘Mesmo as empresas que estão renegociando salários com os trabalhadores estão mantendo os benefícios, como os seguros saúde’, afirma Takahashi.

Fonte: NULL

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