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Novo site compara serviços financeiros

A publicidade firmou-se como a principal fonte de receita da internet, deixando pouco espaço – pelo menos até agora – para outros modelos comerciais. Alguns serviços on-line dirigidos a empresas têm explorado o formato de assinatura, dispensando a propaganda. Entre os sites dedicados ao usuário final, no entanto, poucas experiências desse tipo deram certo – e o anunciante continua sendo uma figura indispensável.
Com o CortaContas.com.br, um novo serviço de comparação de produtos financeiros, o BuscaPé – que administra uma rede de sites de pesquisa na web, incluindo Bondfaro, QueBarato e o site que leva seu nome – pretende explorar um formato comercial que vem ganhando força no exterior, mas ainda não é muito comum no país.
Sob o modelo, o consumidor continua não pagando nada para usar o serviço. A remuneração vem das empresas que usam o sistema, mas o pagamento não é feito mediante a exibição de anúncios – o que vale é o número de clientes potenciais encaminhados pelo site.
“O CortaContas funciona como um elo entre o consumidor e o mercado”, diz Everson Lopes, gerente de produto do BuscaPé.
Vamos supor que um consumidor esteja procurando um seguro para seu carro. Ao entrar no site, ele preenche um formulário, que é enviado às corretoras de seguro que tem acordo com o CortaContas. “Cada seguradora paga uma taxa fixa por formulário enviado”, explica o executivo. Mais tarde, as empresas encaminham suas propostas diretamente ao usuário, que pode escolher entre os orçamentos sugeridos.
O site entrou no ar em janeiro, em fase de teste. Até setembro, conta Lopes, já havia sido usado por 500 mil consumidores e atraído mais de 300 seguradoras.
Agora, o serviço está entrando oficialmente no ar e prepara-se para ganhar sua primeira grande atualização nos próximos 15 dias. Além de ser remodelado, o site passará a contar gradualmente com novas modalidades de serviços financeiros. Atualmente estão disponíveis itens como seguros de vida e cartões de crédito. A idéia é expandir a oferta para produtos como financiamentos, consórcios e planos de telefonia, um dos mais pedidos pelos usuários, diz Lopes.
A vantagem para as empresas, afirma o executivo, é a possibilidade de definir o perfil de público, o que aumenta a eficiência de sua proposta. “No caso do seguro de automóveis, por exemplo, a corretora pode determinar que só quer receber as fichas de homens, com mais de 30 anos de idade, donos de um determinado modelo de veículo e que estão interessados na renovação de sua apólice.”
Esse tipo de ação, em que a comunicação é mais dirigida, representa a terceira fase de negócios na web, afirma o executivo. Na primeira, as empresas pagavam pela exibição de seus anúncios, independentemente de quem os via. Na etapa posterior, a remuneração passou a depender do número de cliques no anúncio. Isso garantia um retorno maior, mas trazia uma limitação: se o cliente desistisse da compra no meio do processo, a companhia não tinha como recuperar o contato. Agora, diz Lopes, é a vez da fase do pagamento por desempenho.

Fonte: Valor

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