Novo presidente da Argentina toma posse
A posse hoje de Alberto Fernández como novo presidente da Argentina acentua de forma especialmente delicada o peso que a economia passa a ter no debate interno e no diálogo que será firmado com o mundo.
O país vive um de seus piores momentos em meio a um ciclo de décadas que combinaram e/ou alternaram crises financeiras, choques políticos e dramas sociais.
Fernández e sua vice Cristina Kirchner sinalizam desde a campanha que uma nova era está por vir. Contrastando com o antecessor Mauricio Macri, a dupla se comprometeu a dar uma guinada sem tanto aperto.
A fórmula de um ajuste livre de efeitos colaterais não foi revelada durante as eleições e nem agora.
Os sinais pré-posse são genéricos e o que está mais ou menos clara é a disposição de o novo governo repactuar quase tudo o que foi acertado pela gestão anterior.
As especulações são de que os recados mais duros virão hoje. O pano de fundo são mensagens em tom conciliatório.
Fernández espera contar com apoio parlamentar nesta largada e, ao mesmo tempo, espera minimizar os ataques vindos de adversários de Cristina Kirchner.
Alberto Fernández gosta de se comunicar sem intermediários. No Twitter, tem um perfil oficial bastante ativo no qual compartilha com seguidores atividades do dia e anúncios importantes.
O ano deve fechar na Argentina com uma inflação de 55% – a expectativa para 2020 é de alta na casa dos 40%.
Cerca de um terço das pessoas que vivem nos grandes centros urbanos estão abaixo da linha da pobreza.
Já o dólar oficial está cotado a quase 60 pesos.
Fonte: NULL