Nova lei exigirá papel cada mais consultivo do corretor de seguros
“Vamos enfrentar desafios comportamentais em relação à Corretora (de seguros), que passa a ter um papel mais consultivo do que transacional”. A afirmação foi feita por Pedro Mattosinho, Diretor de Garantia da Fator Seguradora, na última segunda-feira (08), em um webinar que tratou sobre assuntos relacionados ao projeto de Lei n° 4253/2020, que altera a Lei 8.666/93, conhecida como a Lei Geral de Licitações.
Com o tema “Impactos da nova lei de licitações no mercado de seguro garantia”, o evento recebeu Dennys Zimmermann, Sócio da RPZ Advogados; Pedro Mattosinho, Diretor de Garantia da Fator Seguradora; Eduardo Viegas, Vice-Presidente da Concremat; e Stephanie Zalcman, Diretora da WIZ Corporate.
Stephanie explicou que, nesse novo momento, a seguradora vai ter um compromisso maior dentro da nova lei,será exigida uma complexidade maior de análise. “O Corretor precisa estar muito mais comprometido com os riscos também, entendendo mais da operação, trazendo mais essa visão de negócio para a seguradora”, disse.
Dennys, por sua vez, explicou que haverá benefícios para quem trabalha com seguro garantia. “Algo que é muito positivo é que você traz um pouco mais de previsibilidade, de segurança jurídica em toda essa questão. Por exemplo: quem lida com regulação de sinistros já viu, muitas vezes, a fragilidade dos projetos básicos da administração pública brasileira. Você também traz para a matriz de risco, que é importante para fazer uma repartição objetiva dos riscos do contrato, você delimita quem será responsável pelo que, e isso tem uma importância muito grande para o equilíbrio financeiro do mercado”.
Uma mudança trazida pela nova lei é que, de acordo com Pedro, o mercado segurador vai precisar, desde o início, acompanhar a formatação do projeto.” Vamos ter que acompanhar a obra para a gente já se preparar. Eu não posso ter uma apólice com vigência de cinco anos, deixar o negócio rodando para no quarto ano descobrir que a construtora está com problema. Vamos enfrentar desafios comportamentais no sentido da relação com a Corretora, que passa a ter um papel mais consultivo do que transacional”, explicou.
Fonte: NULL