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Normas da ANS causam apreensão

Reeleito para um segundo mandato na presidência da Federação Nacional de Saúde Suplementar (FenaSaúde), Marcio Sêroa de Araújo Coriolano, admite que causam apreensão no mercado os possíveis efeitos de recentes medidas aprovadas pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS).
Segundo ele, preocupa, por exemplo, a atualização do rol de eventos e procedimentos cobertos, que aumentam os custos suportados pelos beneficiários. “É preciso atentar para o fato de que, neste segmento, o dinheiro que entra é do consumidor. Operadoras de saúde não produzem ganhos, apenas organizam o sistema e pagam aos prestadores de serviços médicos. A compreensão de que a expansão do rol tem custos precisa ser compreendida pela sociedade”, adverte o executivo, em entrevista ao portal Viver Seguro, da Confederação Nacional das Seguradoras.
Márcio Coriolano cita ainda a nova regulamentação proposta para demitidos sem justa causa e aposentados, a qual prevê um “pool de risco” vinculado a operadoras. Na visão do presidente da FenaSaúde, esse “pool” previsto na lei deve ser vinculado às empresas empregadoras.
Ainda assim, ele vê como positivas as demais regulações voltadas ao melhor funcionamento do setor.
De acordo com Márcio Coriolano, o setor deve encerrar o exercício com um incremento de 15% a 20%, mesmo diante da desaceleração das vendas provocado pelo baixo crescimento da economia.
Para 2013, o cenário é um pouco mais nebuloso. “Já há uma tendência de alguma redução da demanda, que deverá se manter em 2013. Na área odontológica, em que a concorrência é bastante acirrada, a queda na taxa de crescimento pode ser maior após três anos seguidos de incorporação intensiva de beneficiários”, explica.
Ele diz ainda que o grande desafio decorre da inflação médica, que ficou ais mais preocupante em 2012, também em virtude da busca de recomposição das margens de preços por parte dos prestadores de serviços, como hospitais e laboratórios. 
Nesse contexto, a FenaSaúde espera um ano de “muito diálogo, entre operadores e prestadores de serviços médicos, em torno dos fatores que vêm pressionando os custos da assistência”.

Fonte: CQCS

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