Negociação teria pouco impacto na seguradora
São Paulo, 18 de Abril de 2007 – Se a venda mundial do ABN envolver o mercado de seguros, previdência e capitalização no Brasil, o impacto para o setor será pequeno. Isso porque o ABN Real vendeu para o grupo japonês Tokio Marine, em 2005, 100% das operações de seguros e 50% das operações de vida e previdência, por R$ 897 milhões. A empresa de títulos de capitalização ficou de fora. A Tokio garantiu no contrato a exclusividade na venda de seguros no balcão do ABN Real por dez anos.
Com isso, caso as negociações internacionais se estendam ao Brasil, o maior impacto estaria em vida, previdência e capitalização. Na hipótese de o Itaú adquirir as operações da Real Tokio Vida e Previdência, nada mudaria em termos de ranking. Em 2006, as receitas do Itaú, segundo maior em previdência ( PGBL, VGBL e planos tradicionais), fecharam em 4,2 bilhões, bem abaixo dos R$ 8,7 bilhões do Bradesco, primeiro do ranking, e distante do Banco do Brasil, terceiro colocado, com R$ 2,6 bilhões. A Real Tokio fechou o ano com R$ 958 milhões.
Já para o Santander, a compra faria diferença em previdência. Ele subiria da sexta colocação no ranking, com receitas de R$ 992 milhões, para a quarta colocação, passando Unibanco AIG, com R$ 1,36 bilhão, Caixa Vida e Previdência, com R$ 1,31 bilhão.
Em capitalização, o ABN registrou vendas de R$ 248 milhões em 2006, décimo maior do setor. Caso fosse adquirido pelo Itaú, com R$ 789 milhões, aproximar-se-ia do segundo colocado, o Bradesco, com R$ 1,4 bilhão. Na hipótese do Santander, o grupo sairia da nona colocação, com vendas de R$ 300 milhões, para ocupar a sexta colocação no ranking.
(Gazeta Mercantil/Finanças & Mercados – Pág. 1)(Denise Bueno)
Fonte: Gazeta Mercantil