Munich Re e J.Malucelli recebem o aval prévio para operarem no País
A Superintendência de Seguros Privados (Susep) concedeu, nos últimos dias, autorização prévia à brasileira J.Malucelli e à alemã Munich Re de operarem no mercado de resseguros em caráter local. Segundo Murilo Matos Chaim, diretor da entidade, isso não significa que as companhias já possam iniciar as atividades, mas que estão liberadas para iniciar os trâmites burocráticos que viabilizarão o início dos trabalhos. “O tempo que isso demora só depende das próprias empresas”, explicou.
A Munich Re informou que a autorização será confirmada no prazo de cerca de três ou quatro dias, assim que for aportado o capital adicional calculado e requerido pela superintendência, além de seu capital-base atual de R$ 60 milhões. A operadora tem interesse em operar especialmente em property (como, proteção contra incêndio, por exemplo), riscos de engenharia, vida, crédito e garantia, transportes, agrícola e de responsabilidade civil.
O DCI entrou em contato também com a J.Malucelli, que não respondeu até o fechamento desta edição. O monopólio do IRB Brasil-Re, antigo Instituto Brasileiro de Resseguros, foi quebrado em 17 de abril. Naquele dia, a britânica Lloyd´s foi autorizada a atuar no País de forma admitida. Em 29 de abril, portarias publicadas no Diário Oficial deram o aval também à espanhola Mapfre Re e à norte-americana Transatlantic Re – que operam, respectivamente, como eventual e admitida.
A Transatlantic estima que sejam fechados contratos “em breve”. Até isso ocorrer, o vice-presidente da empresa, Paulo Pereira Reis, prefere não falar sobre o volume negociado. A companhia acredita que sua atuação ocorrerá nas proporções gerais, com 50% dos negócios firmados no ramo property. “Em cinco anos o volume geral do setor, de cerca de US$ 2 bilhões, dobrará”, previu.
A francesa Scor Re acredita que a liberação para suas operações ocorrerá ainda nesta semana. “Apareceram problemas de ordem burocrática no processo”, explicou o diretor presidente da empresa no Brasil, José Carlos Cardoso, citando como um dos motivadores da demora a greve dos auditores fiscais da Receita. Os mercados mais visados pela companhia são engenharia, garantia e agronegócio.
Fonte: DCI OnLine