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Munich Re acelera fechamento de contratos

Autorizada pela Superintendência de Seguros Privados (Susep) há duas semanas a operar no mercado brasileiro como resseguradora local, a alemã Munich Re já fechou mais de uma dezena de contratos no país. O presidente da empresa, Nikolaus von Bomhard, evitou falar em cifras, nomes de clientes ou projetos com resseguro contratado, mas afirmou que o número de contratos firmados no país já está “em dois dígitos”.
“Como não temos meta de volume, também não falamos de receita. O importante agora é, com paciência, terminar as negociações que começaram um pouco antes da concessão da licença”, frisou Bomhard, acrescentando que a resseguradora não vai fechar todas as negociações em andamento.
O executivo explicou que o objetivo da empresa no país não é atingir uma meta de volume contratado ou de fatia de mercado, mas brigar para conseguir os contratos que ofereçam risco, preços e condições adequadas. Bomhard lembrou que está no Brasil há 11 anos, desde que a companhia vislumbrou a possibilidade da abertura de mercado no país. Desde então, mesmo com a abertura “demorando mais do que pensávamos”, o escritório foi mantido, o que permitiu à Munich Re negociar de forma mais próxima com o IRB Re e aprofundar relações com clientes potenciais para o mercado pós-abertura.
“Nós aguardamos 11 anos e não vamos arriscar o que conseguimos só para ganhar market share. A gente precisa de paciência porque o mercado faz coisas que não faremos e no início vamos entrar um pouco aos freios”, disse, frisando que a abertura não será, necessariamente, sinônimo de preços menores.
“Depende do produto. O IRB, de alguma maneira, foi um filtro e aí claro que às vezes podem dizer que os preços ficaram um pouco mais altos, mas nem sempre é assim, porque acho que também há riscos onde o preço hoje já está adequado”.
Com equipe de 40 pessoas no país, a Munich Re espera que o mercado brasileiro de resseguro, que oscilou em torno de R$ 3 bilhões em 2007, dobre de tamanho em três ou quatro anos. A empresa projeta que o país superará o México, como o maior mercado na América Latina.
Em relação aos investimentos que podem ser feitos no futuro, o diretor-presidente da Munich Re para o Brasil, Kurt Müller, ressaltou que a empresa está atenta às oportunidades que poderão ser geradas pelos investimentos da Petrobras para exploração dos reservatórios de óleo e gás na área do pré-sal.
“Petrobras tem um grande plano de investimentos para os próximos anos e provavelmente nós vamos participar no seguro desses riscos, desde que tenhamos preços e condições adequadas a isso”, afirmou.

Fonte: Valor

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