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Mulheres ganham espaço como traders em área dominada por homens

Se dividindo entre os cuidado de um filho de dois anos e outro de apenas dois meses, a psicóloga e trader Rafaela Vieira, que opera desde 2019, alia ambos conhecimentos para auxiliar no desempenho emocional de mulheres que operam no mercado financeiro, com base na análise técnica. “O desafio das mulheres é conseguir lidar com as frustrações do curto prazo. Mas o trading tem um percurso para se desenvolver”, diz ela, sobre o que observa nos grupos em que dedica-se e por onde já passaram mais de 600 pessoas. “Pelas mulheres que atendi, elas tendem a ser mais cautelosas e a gerenciar melhor o risco, o que é muito bom”, afirma.

Rafaela e mais 60 mulheres participaram no último dia 20 do “Traders – De Mulheres para Mulheres“, evento organizado pela XP e a Special Squad Traders (SST), para trocarem experiências sobre a atividade.

O evento refletiu o crescimento verificado nos últimos anos da participação delas como investidoras da bolsa. Segundo a B3, elas representam 24,05% do total de pessoas físicas, o que representa cerca de 1,2 milhão.

Cautela e disciplina

Eduardo Garufi, cofundador da SST, confirma que vê as mulheres com um comportamento mais cauteloso para tomada de decisão e isso, a longo prazo, acaba lhes dando melhor performance na atividade do que os homens. “Tem crescido a participação das mulheres (no trading), mas não na velocidade que gostaríamos. Mas com a digitalização a atividade tem se tornado mais igualitária”, diz.

Ele ressalta que hoje já existem muitas influenciadoras digitais e educadoras mulheres no segmento. André Moraes, analista de investimentos com vasta experiência na área, considera a mulher mais disciplinada e, por isso, mais “bem-sucedida” na prática.

Conciliação em casa

Vanessa Caggiano opera no período em que os seus dois filhos estão na escola. O marido, por sua vez, trabalha em sistema de home office. “A conciliação é bastante difícil”, pondera.  

Fonte: NULL

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