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Mulheres conquistam independência, mas carecem de qualidade de vida

Depois de conquistar seu espaço no mundo dos homens, a mãe moderna encara um novo desafio pela frente: melhorar sua qualidade de vida
A mulher conquistou definitivamente seu espaço no mercado de trabalho. Em muitas funções, antes consideradas exclusivas dos homens, existe grande parcela de profissionais femininas. Ela deixou de ser apenas mãe e dona-de-casa e agora passa a colaborar também com o sustento da família. Segundo dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), o número de mulheres responsáveis pelo sustento de domicílios localizados em áreas urbanas chega a mais de 10 milhões. Se antes a mulher lutava para encontrar espaço na sociedade, hoje os problemas são outros.
Segundo pesquisa da Pontifícia Universidade Católica (PUC), 91% das mulheres declararam sofrer de stress. A “doença do século XXI” é resultado de longas jornadas de trabalho, poucas horas de sono e falta de lazer e convívio familiar. “Quando as mulheres desejam ser também mães e esposas, além de profissionais, os horários se intensificam e ficam até desumanos em algumas situações”, afirma Sâmia Simurro, psicóloga e vice-presidente da ABQV (Associação Brasileira de Qualidade de Vida).
Família precisa compartilhar
Para Sâmia, a mãe atual encontra-se diante de um novo desafio. “As mulheres tem a necessidade de conciliar o trabalho e a família sem comprometer sua qualidade de vida. Embora o trabalho doméstico tenha se simplificado bastante, ele continua tendo de ser realizado por alguém”. A psicóloga aponta como caminho a integração dos membros da família – para tornar menos árdua a rotina da mulher e amenizar o stress sobre ela. “É importante que ela possa encontrar em sua casa, junto a seu marido e filhos, um modelo de co-responsabilidade familiar, onde todos contribuam proporcionalmente para o bem estar geral. Para isso, não existe uma fórmula única, ela deve encontrar um caminho de equilíbrio em cada situação. Ela precisa utilizar melhor os recursos de sua própria família, em benefício de todos”.
Para que a mulher tenha cada vez mais qualidade de vida sem comprometer o seu desempenho profissional, deve haver um envolvimento de todos os organismos da sociedade. “Essa deve ser uma nova conquista da mulher moderna, entre as muitas já alcançadas: conscientizar a família, empresa e sociedade sobre a necessidade de se adaptar a essa nova mulher. Assim, ela pode ter uma participação de forma mais efetiva e eficiente na sociedade como um todo”, afirma Sâmia Simurro.
Múltiplos papéis
A mulher atual não deseja realizar-se apenas no campo do trabalho. Sâmia explica: “A mulher tem a característica de não se satisfazer apenas com o sucesso profissional, embora este seja desejado e buscado arduamente. Ela almeja ir além: quer realizar-se na sociedade, na família e participar de perto da educação dos filhos. Para isso, o equilíbrio das diferentes dimensões da pessoa é fundamental.”
Ter uma vida de qualidade em meio à intensa rotina de trabalho, estudo, cuidados com a casa e outras tarefas comuns do dia-a-dia não é um objetivo difícil de ser alcançado. “Trabalhar com qualidade de vida significa trabalhar por objetivos realistas e atingíveis, com liberdade e autonomia que permitam flexibilizar horário e local de trabalho. Isso significa ter possibilidade de poder exercer algumas tarefas em casa, se as características das mesmas assim permitirem. Na prática diária isso só se torna possível com um bom planejamento das atividades, para que se crie condições de alcançar o almejado equilíbrio entre a vida pessoal e profissional”, completa a psicóloga.
ABQV – A Associação Brasileira de Qualidade de Vida foi criada em 1995 com a proposta de capacitar profissionais que provoquem a reflexão e divulguem tendências referentes ao conceito de qualidade de vida e hábitos saudáveis. Possui associadas em todo o Brasil, entre empresas nacionais, multinacionais, públicas e privadas. Atua também na implantação de práticas de melhoria do ambiente de trabalho. Conta com profissionais nas áreas de administração, recursos humanos, medicina do trabalho, psicologia, serviço social, saúde, entre outros.
Sâmia Simurro, vice-presidente da ABQV, é mestre em Psicologia na área de Neurociência e Comportamento pela Universidade de São Paulo (USP). É pós-graduada latu sensu em Psicologia da Saúde e Familiar pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC) e especialista em stress e Psicossomática.

Fonte: Seguros.inf.br

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